O francês Augusto Comte dizia que a Revolução Francesa
reduziu o poder das instituições teológicas, mas que não apontou maneiras de
reorganização da sociedade. Segundo ele, é a religião que forma a base da ordem
social, e que através do aspecto intelectual (dogma), afetivo (amor expresso no
culto) e prático (regime), é possível doutrinar os cidadãos para a construção
de uma sociedade mais organizada e pacífica. Daí surgiu a ideia de criar a
Religião da Humanidade.
A Religião
da Humanidade tem como ser supremo a ser venerado, a humanidade. Ela é uma
forma de unidade humana. O poder espiritual é apresentado através do poder da
inteligência e do sentimento. Através dele a vida interior dos homens é regida,
e os leva a viver e agir em comum. O poder espiritual modera e limita o poder
temporal. Para uma ação completa, o poder espiritual deve ter contato com a
história. Augusto acredita ser na história e não na revolução, que os homens poderão
ter liberdade.
Comte dá
ênfase ma ciência e na moral e desvaloriza a análise econômica e política.
Através do pensamento positivista, ele busca mudar a forma de pensar dos
homens.
Em relação
aos capitalistas, Comte acreditava que moralizando-os, não haveria a
necessidade de eliminá-los, já que a ordem humanitária poderia abrandar os
conflitos destes com o proletariado. Sendo assim, a propriedade privada deveria
ser mantida.
Na Religião
da Humanidade há um novo calendário, sendo os meses homenageados com nomes de
grandes filósofos, Comte criou um novo catecismo trocando o Deus cristão pela
humanidade.
Acredito que
Augusto Comte foi simples e direto ao ponto: ele pensou, como outros filósofos
e sociólogos, que para reorganizar a sociedade moderna, era necessário
doutrinar as pessoas, inculcar nelas as ideias de pacifismo e organização, para
termos o progresso e uma sociedade harmônica. Para isso, não titubeou, e
utilizou como ferramenta a religião, a congregação de fiéis. Foi e é criticado
por muitos, porém desta maneira conseguiu deixar sua mensagem às gerações
seguintes.
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