Rafael era um rapaz diferente dos demais, ele gostava de fazer história na vida, viver aventuras, explorar lugares desconhecidos, gostava de se arriscar, conhecer pessoas e ao mesmo tempo preferia a solidão, fato que se consolidou quando finalmente foi morar no mato a primeira vez. O sul do Pará foi de grande aprendizado e também de desafio para aquele moço, mas agora, um pouco mais maduro, preferia gozar daquela vista das montanhas mineiras. Afinal, mosquito é mesmo o diabo.
Comprou uma pequena propriedade, e planejou construir sua casa. E enquanto isso, mantinha uma relação ítima com sua vizinha de sítio. Amizades também foram consolidadas na redondeza. Era conhecido por poucos. Quase ninguém conhecia-o por nome. Era decente, se dava ao respeito.
Além dos afazeres de sítio, sobrava-lhe tempo para vadiagens e devaneios. E em um belo dia de chuva, depois de já passados 5 dias chuvendo, cansado de ficar em casa, vestiu sua capa de chuva, do jeito que estava ( e estava só de cueca) pegou seu pifano e foi para o campo. Resolveu subir um morro e em cima de uma rocha, se soltar um pouco, relaxar.
Tocou seu pífano com muita empolgação e alegria em seu coração. Dançou, rebolou e gastou seu pulmão jovem até não poder mais. Chovia à cântaros. Os moradores da montanha temiam até uma tragédia.
Seu Zé, vizinho de sítio, saiu apressado pra acudir um casal que tinha um bebê e cuja casa ficou sem luz elétrica. Coitados, desprovidos do essencial. A galopes de cavalo descia o Seu Zé. E o que não foi sua surpresa ver seu vizinho, Sinhozinho Rafael, fazendo aquela estripulia toda, de noite, num temporal daquele.
Interior todo mundo se conhece, sabe da vida do outro e fofoca mesmo, sem um pingo de vergonha na cara. E foi o que aconteceu naquele dia, sobre o ocorrido na noite passada. O vilarejo conheceu e passou a comprimentar o mais novo morador da montanha, com um sorriso malicioso, de quem aceita mais um colega doido. Mas quem é normal?
terça-feira, 23 de junho de 2015
domingo, 21 de junho de 2015
A senhora, dois amigos e a cocaína
Estava Arthur e Cleiton indo para uma festinha nas imediações da Lagoa da Conceição, quando ao passarem pelo Campeche, avistaram uma senhora, de seus 60 a 70 anos de idade, caminhando pela Pequeno Príncipe e pedindo carona, pesando pelo seu corpo cansado a gravidade, o quelhes chamou a atenção. Conversaram entre si e decidiram oferecer carona para aquela pobre senhora, que devia ser avó de muitos.
Pararam o carro, abaixaram o vidro, e ofereceram respeitosamente carona. Perguntaram para onde ela ia, e ela respondeu que iria para o Rio Tavares, caminho para eles. Ela entrou, e junto de si trazia uma sacola plástica, com algumas garrafas, que atritavam entre si e geravam aquele barulho peculiar. Arthur já olhou para Cleiton com malícia de quem desconfiava do que se tratava aquele conteúdo.
A conversa se iniciou de forma cuidadosa, se preocupavam com a segurança daquelasenhora que transitava pelas ruas às 23h de uma sexta-feira. Perguntaram onde ela gostaria de ficar e ela disse que seria ótimo ficar no posto de gasolina 24 horas do Rio Tavares. Pois talvez encontrasse com alguns conhecidos. O que aguçou a curiosidade dos dois amigos.
Não demorou muito, aquela senhora de aparência decente, e até tradicional, se mostrou atrevida. Ela perguntou o que aqueles dois estranhos iriam fazer naquela noite de inverno, o que pretendiam realizar. Eles disseram que iam se divertir, encontrar alguns amigos, ouvir um som, tomar algo talvez. Aquela senhora então tomou coragem e convidou Arthur e Cleiton para uma suruba, onde haveria alcool e cocaína. Podiam apenas se tocar, ou algo mais, sacanagem de todo tipo era permitida. Uma orgia à moda antiga (provavelmente ela era da velha guarda dos "sexualmente livres"), mas não tão antiga. Até moderna para aqueles amigos.
Uma surpresa para aqueles dois amigos nos altos dos seus 28 anos, que esperavam que sua próxima década de vida fosse trazer o sussego, que uma vida madura que fazia a promessa de trazer tranquilidade fossem elevá-los à uma posição mais sublime, de evolução; então se surpreenderam com esse mulher bem mais que madura que lhes mostrou que tudo podia ser bem ao contrário. A baixaria, a sacanagem os podia perseguir por anos, até a velhice, eternamente talvez.
Brincaram com ela, na amizade, mas ao fim recusaram, lisonjeados pelo convite. Todos somos pessoas únicas, completas e com direito à felicidade. Eles se manteram fiéis ao seu conceito de felicidade e evolução, mas entenderam e respeitaram o desejo e a liberdade de cada um ao seu limite de libertinagem. Quer viver a esbórnia? Que viva! Não interessa quem nem a idade.
Arthur ainda brincou com Cleiton, se realmente ele não se interessava na proposta. Não esta fácil encontrar propostas assim! Risos. Lição de hoje: os limites da libertinagem vão mais além da nossa imaginação. Não crie estereótipos, eles podem te enganar.
Pararam o carro, abaixaram o vidro, e ofereceram respeitosamente carona. Perguntaram para onde ela ia, e ela respondeu que iria para o Rio Tavares, caminho para eles. Ela entrou, e junto de si trazia uma sacola plástica, com algumas garrafas, que atritavam entre si e geravam aquele barulho peculiar. Arthur já olhou para Cleiton com malícia de quem desconfiava do que se tratava aquele conteúdo.
A conversa se iniciou de forma cuidadosa, se preocupavam com a segurança daquelasenhora que transitava pelas ruas às 23h de uma sexta-feira. Perguntaram onde ela gostaria de ficar e ela disse que seria ótimo ficar no posto de gasolina 24 horas do Rio Tavares. Pois talvez encontrasse com alguns conhecidos. O que aguçou a curiosidade dos dois amigos.
Não demorou muito, aquela senhora de aparência decente, e até tradicional, se mostrou atrevida. Ela perguntou o que aqueles dois estranhos iriam fazer naquela noite de inverno, o que pretendiam realizar. Eles disseram que iam se divertir, encontrar alguns amigos, ouvir um som, tomar algo talvez. Aquela senhora então tomou coragem e convidou Arthur e Cleiton para uma suruba, onde haveria alcool e cocaína. Podiam apenas se tocar, ou algo mais, sacanagem de todo tipo era permitida. Uma orgia à moda antiga (provavelmente ela era da velha guarda dos "sexualmente livres"), mas não tão antiga. Até moderna para aqueles amigos.
Uma surpresa para aqueles dois amigos nos altos dos seus 28 anos, que esperavam que sua próxima década de vida fosse trazer o sussego, que uma vida madura que fazia a promessa de trazer tranquilidade fossem elevá-los à uma posição mais sublime, de evolução; então se surpreenderam com esse mulher bem mais que madura que lhes mostrou que tudo podia ser bem ao contrário. A baixaria, a sacanagem os podia perseguir por anos, até a velhice, eternamente talvez.
Brincaram com ela, na amizade, mas ao fim recusaram, lisonjeados pelo convite. Todos somos pessoas únicas, completas e com direito à felicidade. Eles se manteram fiéis ao seu conceito de felicidade e evolução, mas entenderam e respeitaram o desejo e a liberdade de cada um ao seu limite de libertinagem. Quer viver a esbórnia? Que viva! Não interessa quem nem a idade.
Arthur ainda brincou com Cleiton, se realmente ele não se interessava na proposta. Não esta fácil encontrar propostas assim! Risos. Lição de hoje: os limites da libertinagem vão mais além da nossa imaginação. Não crie estereótipos, eles podem te enganar.
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