É frustrante analisar
o cenário global da humanidade em nossos dias e perceber como
estamos cada vez mais nos limitando em relação à campo de trabalho
e produção. Os filhos estão cada vez mais atuando na área de
trabalho dos pais, parentes, amigos. Raro é ver pessoas que não
possuem Q.I. (Quem Indica) trabalhando e produzindo na academia, ou
reconhecido nacionalmente (quem dirá internacionalmente) na área
artística, trabalhando em televisão, atuando na política. Além de
vergonhoso é muito preocupante nosso destino como sociedade: para
onde iremos se continuarmos nesse ritmo?
O real sentido da
ciência (trazer bem estar para a humanidade e o planeta) já deixou
de ser o objetivo da academia. Hoje busca-se sobretudo realizações
vaidosas, enaltecimento pessoal, troca de influências, lucro. E o
que dizer dos artistas reconhecidos? Cada vez menos criativos,
provavelmente pela pouca rotatividade de artistas. Os filhos vêm da
mesma corrente musical, literária, teatral dos pais geralmente, o
que faz com que haja repetição e produção de obras parecidas.
Reparemos nas pessoas que trabalham na televisão, melhor, reparemos
naquela pessoa que é tão sem graça, que nos indagamos porquê ele
está ali: com certeza ele tem as "costas quentes".
A política já é uma
velha conhecida pela continuidade hereditária e fortes influências
de Q.I., isso explica a falta de inovação em soluções sociais em
nosso país: fora exceções, filho de rico que sempre viveu
luxuosamente às custas de dinheiro público, pouco interesse tem na
classe trabalhadora e nos pobres.
Não podemos nos
acomodar com essa situação decadente. A sociedade perde muito com
isso. Pessoas com talentos incríveis sendo marginalizadas, sendo
desestimuladas, enquanto outras pessoas nem tão talentosas assim são
glorificadas por possuírem “bons contatos”. É imprescindível
que a pessoa tenha a oportunidade de exercer seu dom, fazer o que
gosta, ser reconhecida pelo que é.
Busquemos soluções
viáveis para nossa sociedade, um trabalho feito realmente de
coração. Quando alguém faz o que gosta, a sua produção é cheia
de energia boa, a qualidade é bem maior, e ela se sente muito mais
feliz. Lutemos contra essa tendência limitadora em exercer talentos
na sociedade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário