terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Sobre as limitações em exercer talentos

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É frustrante analisar o cenário global da humanidade em nossos dias e perceber como estamos cada vez mais nos limitando em relação à campo de trabalho e produção. Os filhos estão cada vez mais atuando na área de trabalho dos pais, parentes, amigos. Raro é ver pessoas que não possuem Q.I. (Quem Indica) trabalhando e produzindo na academia, ou reconhecido nacionalmente (quem dirá internacionalmente) na área artística, trabalhando em televisão, atuando na política. Além de vergonhoso é muito preocupante nosso destino como sociedade: para onde iremos se continuarmos nesse ritmo?
O real sentido da ciência (trazer bem estar para a humanidade e o planeta) já deixou de ser o objetivo da academia. Hoje busca-se sobretudo realizações vaidosas, enaltecimento pessoal, troca de influências, lucro. E o que dizer dos artistas reconhecidos? Cada vez menos criativos, provavelmente pela pouca rotatividade de artistas. Os filhos vêm da mesma corrente musical, literária, teatral dos pais geralmente, o que faz com que haja repetição e produção de obras parecidas. Reparemos nas pessoas que trabalham na televisão, melhor, reparemos naquela pessoa que é tão sem graça, que nos indagamos porquê ele está ali: com certeza ele tem as "costas quentes".
A política já é uma velha conhecida pela continuidade hereditária e fortes influências de Q.I., isso explica a falta de inovação em soluções sociais em nosso país: fora exceções, filho de rico que sempre viveu luxuosamente às custas de dinheiro público, pouco interesse tem na classe trabalhadora e nos pobres.
Não podemos nos acomodar com essa situação decadente. A sociedade perde muito com isso. Pessoas com talentos incríveis sendo marginalizadas, sendo desestimuladas, enquanto outras pessoas nem tão talentosas assim são glorificadas por possuírem “bons contatos”. É imprescindível que a pessoa tenha a oportunidade de exercer seu dom, fazer o que gosta, ser reconhecida pelo que é.
Busquemos soluções viáveis para nossa sociedade, um trabalho feito realmente de coração. Quando alguém faz o que gosta, a sua produção é cheia de energia boa, a qualidade é bem maior, e ela se sente muito mais feliz. Lutemos contra essa tendência limitadora em exercer talentos na sociedade.

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