"o marxismo [...] permanece, pois, a filosofia de nosso
tempo: é insuperável pois as circunstâncias que o engendraram não foram ainda
superadas". Jean Paul Sartre
O filósofo Jean Paul Sartre foi professor por um breve
período de tempo e obteve uma educação filosófica tradicional. Escreveu livros
clássicos como O ser e o nada (1943) e A náusea (1938). Em seu livro Crítica da
razão dialética (1960), Sartre reconhece algumas inspirações intelectuais como
Hegel e o marxista Alexandre Kojéve. Sartre
se torna um incentivador do existencialismo marxista ou marxismo
existencialista.
Sartre viveu de 1905 à 1980 e presenciou grandes
acontecimentos históricos como a Revolução Russa, Revolução Cubana e a Guerra
Fria, guerras estas que ajudaram consolidar o ideário capitalista. Era um
intelectual engajado politicamente, militante no Partido Comunista Francês e
entendia a sociedade a partir de suas contradições.
A frase “o marxismo[...] permanece, pois, a filosofia de
nosso tempo: é insuperável pois as circunstâncias que o engendraram não foram
ainda superadas" foi escrita por Sartre
no livro Questão de Método ( 1957). Sartre concordou com o materialismo
histórico, que explica que as relações de produção condicionam o
desenvolvimento da cultura e das instituições.
O marxismo é atual, pois o sistema ainda é o mesmo da época
de Marx, quando escreveu suas obras. O sistema capitalista é o modo de produção
vigente, e a sua ideologia ainda vigora nos dias de hoje. Marx afirma que o fim
de um modelo de produção só acontece quando há, nele próprio, tamanha
contradição e tensão que este mesmo não se sustenta mais, dando lugar a outro.
E por mais que o número de críticos do capitalismo tenha aumentado nos últimos
anos, principalmente por sabermos da inviabilidade dele perante a manutenção do
meio ambiente, não chegamos ao estágio de “contradição e tensão” necessário
para que se troque o sistema.
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