sábado, 22 de fevereiro de 2014

O Marxismo em Sartre


"o marxismo [...] permanece, pois, a filosofia de nosso tempo: é insuperável pois as circunstâncias que o engendraram não foram ainda superadas". Jean Paul Sartre

 

O filósofo Jean Paul Sartre foi professor por um breve período de tempo e obteve uma educação filosófica tradicional. Escreveu livros clássicos como O ser e o nada (1943) e A náusea (1938). Em seu livro Crítica da razão dialética (1960), Sartre reconhece algumas inspirações intelectuais como Hegel e o marxista Alexandre Kojéve.  Sartre se torna um incentivador do existencialismo marxista ou marxismo existencialista.

Sartre viveu de 1905 à 1980 e presenciou grandes acontecimentos históricos como a Revolução Russa, Revolução Cubana e a Guerra Fria, guerras estas que ajudaram consolidar o ideário capitalista. Era um intelectual engajado politicamente, militante no Partido Comunista Francês e entendia a sociedade a partir de suas contradições.

A frase “o marxismo[...] permanece, pois, a filosofia de nosso tempo: é insuperável pois as circunstâncias que o engendraram não foram ainda superadas"  foi escrita por Sartre no livro Questão de Método ( 1957). Sartre concordou com o materialismo histórico, que explica que as relações de produção condicionam o desenvolvimento da cultura e das instituições.

O marxismo é atual, pois o sistema ainda é o mesmo da época de Marx, quando escreveu suas obras. O sistema capitalista é o modo de produção vigente, e a sua ideologia ainda vigora nos dias de hoje. Marx afirma que o fim de um modelo de produção só acontece quando há, nele próprio, tamanha contradição e tensão que este mesmo não se sustenta mais, dando lugar a outro. E por mais que o número de críticos do capitalismo tenha aumentado nos últimos anos, principalmente por sabermos da inviabilidade dele perante a manutenção do meio ambiente, não chegamos ao estágio de “contradição e tensão” necessário para que se troque o sistema.

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