segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Relações Jurídicas X Relações Materiais


“A minha investigação desembocou no resultado de que relações jurídicas, tal como formas de Estado, não podem ser compreendidas a partir de si mesmas nem a partir do chamado desenvolvimento geral do espírito humano, mas enraízam-se, isso sim, nas relações materiais da vida”. Marx

 

Karl Marx defende que a natureza humana é formada por relações de trabalho e de produção. Opondo-se ao idealismo, ele nega que as ideias sejam o princípio da organização da sociedade.

Materialismo dialético é o cruzamento do materialismo mecanicista da Revolução Científica com o Iluminismo e a dialética idealista de Hegel culminando no método de tese, antítese e síntese.  Uma visão de mundo onde as teorias são apresentadas como leis cientificas que governam a sociedade e as ideias. O Materialismo dialético diferencia o material do ideal, mas defende que são fundados numa mesma unidade, e afirma que o material é primordial. Entende-se por material o fruto do trabalho abstrato e do trabalho concreto.

O materialismo histórico é a teoria que funda seu enfoque em observações precisas das condições reais de vida através de uma revisão histórica ampla. Ela indica que o modo de produção da vida material condiciona o processo de vida social, política e espiritual, sustentando que a estrutura econômica da sociedade é o alicerce das relações sociais, onde os valores se adaptam à ela.

Marx buscou demonstrar em seu livro “Para a critica da economia política” que as relações jurídicas, assim como outras formas de Estado utilizam de conceitos enraizados no espirito das relações materiais da vida.

Os homens se enquadram em determinado comportamento independente de sua vontade, para alcançar uma etapa no desenvolvimento de suas forças produtivas materiais, que se juntam para compor a estrutura econômica da sociedade. E nessa estrutura se baseia uma superestrutura jurídica e politica, de onde surgem certas formas da consciência social. Marx cita também que é o ser social do homem que determina a sua consciência.

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