segunda-feira, 11 de agosto de 2014

A lição de Bukowski

Bukowski em sua obra "Mulheres" revela histórias verdadeiras de sua vida. Apesar do foco ser as mulheres que fizeram parte de sua vida, ele mostra muito da vida boêmia de Los Angeles dos anos 1970.
Ele era alcoolatra e gostava de fazer uso de outras drogas, era fumante e depravado. Gostava de apostar em cavalos e assistir lutas de boxe. E mesmo nas situaçãoes mais deprimentes, nunca perdia seu bom-humor. Não era o maior poeta de seu tempo, mas vivia de seus escritos e era reconhecido por seu estilo de escrita. Muitas mulheres queriam chocá-lo para fazerem parte de seu rol de mulheres, aquelas que marcaram sua vida e que iam parar em seus livros. Foi casado, mas
separou-se, tinha problemas em manter relacionamentos. Suas brigas eram intensas, sempre acompanhadas com atitudes enérgicas e radicais.
Bukowski era um típico sarjeta, vivia no fundo do posso, convivia com prostitutas, malandros, drogados, quase sempre bêbado, causando transtornos por onde passava. Era um crítico ferrenho das pessoas.
Apesar de alguns momentos de tristeza, onde melancólicamente ele reflete e até mesmo se culpa por seu destino, ele tinha no peito um coração bom, honesto. Dá pra sentir em suas palavras, uma certa esperança na humanidade, na aceitação da verdadeira natureza do ser-humano.
É possível alguém fazer do inferno um paraíso? Bukowski veio para ajudar a responder essa pergunta. A naturalidade que ele tratava as situações e as "loucuras" humanas é respeitável. Ele não queria provar nada a ninguém e gostava de conviver com pessoas que pensavam o mesmo. Um dos importantes recados que esse notável escritor deixou, foi que o mais importante é a pessoa se aceitar como ela é, e ser feliz do jeito dela, sendo honesta e não iludindo ninguém. Mais vale ser um safado feliz que um moralista infeliz.

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