quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Polução Noturna


Gerson, André e Rafael eram grandes amigos e dividiam casa durante os anos de faculdade. Se conheceram no início da faculdade e logo firmaram parceria. Durante três anos moraram juntos e viveram algumas aventuras, dentre elas esta.
Viajaram à Rondônia onde passaram alguns dias com uma tribo indígena, tribo que conheceram através do filho do cacique, que estudava com eles. Na tribo puderem ter uma vivência incrível, pescar e caçar com os indígenas e participar de rituais religiosos como o da Ayuasca. Aprenderam a fabricar utensílios com palha, fabricar arco-e-flecha, se orientar pelo sol, fabricar canoas e jangadas, assim como outras importantes técnicas de sobrevivência. Foi um aprendizado mais que terreno,
foi espiritual.
Gerson e Rafael comentavam sobre as mulheres do norte e até mesmo sobre a indias, André sorria e mudava de assunto, sempre mantendo o foco na espiritualidade. Dizia que se o sexo for tratado de forma banalizada, seria mais prejudicial que benéfico para o ser humano. Sodoma e Gomorra são testemunhas. Temos que resistir contra a Babilônia e os babiloucos.
Voltando de viagem eles tiveram que encarar quilômetros de estrada de terra, pedindo e pegando carona em um lugar longínquo, onde o "filho chora e a mãe não escuta". Quando chegaram em certo ponto da viagem, pegaram um ônibus, como aqueles que ainda se vê na Bolívia, que não possuem banheiro. André não se masturbava por motivos espirituais pessoais. Ele havia explicado para os amigos o porque que nos últimos meses tinha se afastado das mulheres: estava praticando a
castidade para elevação do espírito, para uma melhor energização, para manter o foco em seus estudos e meditações espirituais, o que vinha ocorrendo com total sucesso. Voltando ao ônibus, nossos três mosqueteiros da Amazônia iam dormindo pela madrugada a fora, enquanto aquela engenhoca ia rodando estrada a dentro, de repente André passou a ter sonhos eróticos, desses que a gente não escolhe ter e que revela nossos desejos mais carnais e proibidos, e não podendo
resistir, deu-se início à sua polução noturna, que é a ejaculação espontânea durante o sono, algo natural que ocorre quando não se esvazia nunca o escroto. O próprio corpo decide fazê-lo mesmo contra a vontade do consciente.
André acordando assustado e já ejaculando nas calças, pensou em correr para o banheiro, que nesse caso não existia. Teve a ideia brilhante de ejacular pela janela do ônibus, porém Gerson dormia o sono dos anjos ao lado dela e seria realmente desagradável acordar com respingos de sêmen no rosto, por mais que estivesse calor naquele dia. Rafael dormia no banco de trás do Gerson com sua boca escancarada. E numa atitude desesperada resolveu ejacular no chão do ônibus mesmo, no corredor, onde e do jeito que dava. Arrancou seu pênis para fora e deixou sair o fluído que tanto almejava a liberdade. Gozou. Quando se aliviou, olhou para frente e para sua surpresa havia uma garotinha de uns 10 anos no máximo assistindo aquele espetáculo. E o que fazer?! Já havia acontecido. André recolheu seu órgão genitor e suavemente se pôs a dormir, com sua mente e aura imaculadas.

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