terça-feira, 22 de março de 2011

Sobre o desapego

A maioria das pessoas vive numa correria sem fim atrás de dinheiro. Dinheiro pra manter sua vida urbana. Vivem na cidade pra ganhar dinheiro. E assim fecha-se o ciclo da "loucura desse mundo".


Os prazeres urbanos vêm acompanhados de muitos desprazeres e ciladas psicológicas. Na cidade somos sempre muito dependentes uns dos outros e principalmente dos capitalistas donos dos meios de produção e do governo arbitrário. Isso confunde a mente das pessoas, faz elas ocuparem a mente com preocupações tolas.

Quando presenciamos ou meditamos sobre os desastres (ou transformações, depende do ponto de vista) da natureza, percebemos que esse apego ao materialismo, ao urbanismo, ao trabalho, à cidade natal, e até mesmo à família é bobagem, é muito pequeno perto da realidade da vida.

O desapego à essas coisas é algo muito bom, porque você não tem com o que se preocupar. Você é livre pra ir e vir, dizer o que quiser, morar e viver onde e do jeito que quiser. Isso não quer dizer que você não deva correr atrás de seu sustento honestamente, todavia isso não deve ser realizado de forma pesada, em que você se negue, e que haja apego demais, fazendo-o pensar que a vida é somente essa correria maluca, esquecendo da verdadeira essência da felicidade. Tanto sofrimento quando "perde-se" algo!

As coisas vêm e vão, elas passam por nossa vida, não somos donos de nada nem de ninguém.

Aposte no desapego, sinta mais a vida, se comunique com os animais, com as plantas, ouça o que eles querem lhe dizer, lhe mostrar. Exercite seus instintos, seus sentidos. Aproveite ao máximo boas companias, bons momentos. Aprecie a simplicidade e reprove a ganância, a cobiça, a inveja. Seja feliz consigo mesmo, não dependa de nada nem de ninguém para isso.

Nós temos uma capacidade enorme de dirigir as coisas em nossa vida, de direcionar energias. Não leve tão a sério a lógica, os prognósticos, as avaliações. Nós temos a nossa verdade, e ela é a mais importante. Sinta ela, aposte nela.

Nascemos pelados e morremos sem carregar nada.

Pense nisso.

Obrigado.

Dom

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