Quando realizamos o estudo superior, nos graduando na
universidade, passamos a admirar os grandes pensadores das ciências estudadas.
Passamos quatro anos ou mais lendo suas obras e ouvindo críticas e elogios dos
professores quanto aos textos. Pensamos em quão inalcansável é o posto destes
doutores, pois é necessário muito estudo, pesquisa e idéias geniais nunca
pensadas antes, certo? Errado. Depois que nos graduamos e consideramos avançar
nos estudos através do mestrado e doutorado, percebemos a pobreza de espírito
que esses “doutores” possuem.
Não há generalização, existem algumas excessões, como
sempre. Entretanto não podemos fechar os olhos diante de um grupo de pessoas
que se fecham em pequenos grupos dentro das universidades públicas, onde existe
um ciclo ridículo que utiliza do dinheiro público para se sustentar. Um ciclo
onde o bolsista explorado e mal remunerado, passa a ganhar menos mal, continua
sendo explorado em troca de um título de mestre e posteriormente de doutor. Não
há abertura para quem é estranho, não há oportunidade para quem quer estudar,
obter conhecimento.
A universidade está se transformando num reflexo de
Brasília, em pequena escala, onde a politicagem chega a patamares
inimagináveis. Pior ainda é quando se trata das ciências humanas, ciências não
exatas, onde a avaliação do professor segue critérios questionáveis, onde
muitas vezes o afeto pessoal toma o lugar da avaliação justa sem ver a quem se
avalia. Isso é a degradação das ceências humanas no Brasil, isso em nada
contribui para a melhoria do país, da comunidade.
Existem muitas mentes brilhantes que nem sequer terão a
oportunidade de seguirem a vida acadêmica por causa do protecionismo de
professores idiotas, que usam o dinheiro público para seu belprazer. Essa
injustiça tem que acabar.
Terrível é imaginar quantas estagiárias têm de se prostituir
pra ter uma bolsa miserável, ou conseguir entrar em um mestrado. Isso é
nojento! Logo em um meio tão culto, onde as pessoas deveriam por em prática o
mínimo de ética que ensinam.
Opinião? Os alunos de humanas não sabem o que é isso. Quem
vai falar mal dos métodos de ensino do professor que te avaliará na próxima
prova ou seleção do mestrado? Vive-se uma tortura psicológica durante quatro
anos na universidade. Exagero? Procure saber se aquele colega questionador e
crítico se formou. Pouco provável.
Que tipo de acadêmicos o Brasil está formando? Um bando de
puxa-sacos e prostituídos? Gente sem capacidade, com didática arcaica, com
pouca ou nenhuma vontade de dar aula ou resolver problemas que assolam o país
hoje, nesse momento. Com olhos apenas para a remuneração.
Penso que a universidade serve pra isso: melhorar a vida dos
cidadãos do país, trazer desenvolvimento sustentável, tecnologia, qualidade de
vida para a população. Mas não é isso que estamos vendo. Podemos melhorar muito
como país e como universidade. Vamos tirar a bunda da cadeira, vamos agir, pra
melhorar a vida de toda a sociedade. Vamos por em prática a teoria! De nada
vale nos trancar numa sala de aula e discutir teorias, se nunca forem postas em
prática. Chega de hipocrisia.
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