O sociólogo Karl Emil Maximilian Weber, alemão, nascido em
Erfurt no ano de 1864, foi criado em um ambiente culto, sendo seu pai advogado
e sua mãe de profunda erudição. Sua casa era frequentada por políticos e
filósofos. Aos treze anos, ele já escrevia ensaios históricos.
A principal obra de Weber foi ?A ética protestante o
espírito do capitalismo?, escrita a partir de 1904, Weber viaja aos Estados
Unidos em 1905, onde recolhe material para a continuação da obra.
Weber busca através de algumas interpretações, analisar
sociologicamente o capitalismo nos Estados Unidos, através da religião. Ele
afirma que tanto o espírito do capitalismo quanto o espirito protestante, foram
imprescindíveis para formar a sociedade ocidental.
A primeira interpretação de Weber seria de que o catolicismo
não incentivava o capitalismo a se desenvolver, já que os valores sociais dos
católicos se baseavam na partilha entre o grupo, se opondo ao individualismo.
Todavia, para o sociólogo, o protestantismo (o calvinismo é o maior exemplo)
era a realização da ação social racional, pois incentivava o trabalho, a
individualidade, o acúmulo de riquezas. Riqueza era sinal de benção divina, ser
um escolhido para a salvação. Valores que ajudavam no desenvolvimento das
atividades capitalistas.
Sem a influência do protestantismo, Max Weber acredita que o
capitalismo moderno seria diferente. Ele comparou com o desenvolvimento do
capitalismo em países onde a religião era o budismo, judaísmo, hinduísmo e
islamismo. Cada uma possuía uma ética econômica. Weber procura a interação do ser-humano
com o meio social e natural através da interpretação das religiões.
Weber acreditava que a influência da religião poderia
interferir na economia geral da sociedade, por isso ele dava prioridade em seus
estudos à análise das religiões.
Max Weber não era crítico do sistema capitalista, ele
acreditava que os empresários eram revolucionários que puderam intervir na
história da sociedade de sua época. O capitalismo para ele, se desenvolvia
pelos valores étnicos doutrinários da burguesia protestante, que buscavam
lucrar e buscavam globalizar o capital.
Segundo o autor, a ética é o próprio exercício da dominação.
Ela legitima o capitalismo, na aceitação ou permissão dos dominados. Weber
demonstrou que tanto o capitalismo como a religião protestante impulsionam os
indivíduos a aceitarem as regras do sistema de mercado.
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