quinta-feira, 15 de agosto de 2013

O capitalismo nos Estados Unidos - análise sociológica de Weber através da religião

O sociólogo Karl Emil Maximilian Weber, alemão, nascido em Erfurt no ano de 1864, foi criado em um ambiente culto, sendo seu pai advogado e sua mãe de profunda erudição. Sua casa era frequentada por políticos e filósofos. Aos treze anos, ele já escrevia ensaios históricos.
A principal obra de Weber foi ?A ética protestante o espírito do capitalismo?, escrita a partir de 1904, Weber viaja aos Estados Unidos em 1905, onde recolhe material para a continuação da obra.
Weber busca através de algumas interpretações, analisar sociologicamente o capitalismo nos Estados Unidos, através da religião. Ele afirma que tanto o espírito do capitalismo quanto o espirito protestante, foram imprescindíveis para formar a sociedade ocidental.
A primeira interpretação de Weber seria de que o catolicismo não incentivava o capitalismo a se desenvolver, já que os valores sociais dos católicos se baseavam na partilha entre o grupo, se opondo ao individualismo. Todavia, para o sociólogo, o protestantismo (o calvinismo é o maior exemplo) era a realização da ação social racional, pois incentivava o trabalho, a individualidade, o acúmulo de riquezas. Riqueza era sinal de benção divina, ser um escolhido para a salvação. Valores que ajudavam no desenvolvimento das atividades capitalistas.
Sem a influência do protestantismo, Max Weber acredita que o capitalismo moderno seria diferente. Ele comparou com o desenvolvimento do capitalismo em países onde a religião era o budismo, judaísmo, hinduísmo e islamismo. Cada uma possuía uma ética econômica. Weber procura a interação do ser-humano com o meio social e natural através da interpretação das religiões.
Weber acreditava que a influência da religião poderia interferir na economia geral da sociedade, por isso ele dava prioridade em seus estudos à análise das religiões.
Max Weber não era crítico do sistema capitalista, ele acreditava que os empresários eram revolucionários que puderam intervir na história da sociedade de sua época. O capitalismo para ele, se desenvolvia pelos valores étnicos doutrinários da burguesia protestante, que buscavam lucrar e buscavam globalizar o capital.

Segundo o autor, a ética é o próprio exercício da dominação. Ela legitima o capitalismo, na aceitação ou permissão dos dominados. Weber demonstrou que tanto o capitalismo como a religião protestante impulsionam os indivíduos a aceitarem as regras do sistema de mercado.

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