Karl Emil Maximilian Weber (1864-1920), sociólogo alemão,
criou alguns fundamentos da metodologia na sociologia moderna. Para ele a
ciência era o veículo para se conhecer a realidade sobre a existência humana. Influenciado
pelo filósofo Kant, em seus escritos ele mostrou ser fundamental a separação de
ciência natural e social. Escreveu “A
ética protestante e o espírito do capitalismo”, e na obra “A ‘objetividade’ do
conhecimento nas ciências sociais” ele criou o conceito de “tipo ideal”. O tipo
ideal é um recurso metodológico utilizado pelo pesquisador para que ele possa
delimitar sua busca na realidade social.
O tipo ideal é um elemento de análise retirado de dentro de
algum elemento que constitua a sociedade, tais como: religião, economia,
burocracia, capitalismo e a historia social. Weber acredita que analisar a
sociedade como um todo é difícil, para isso a utilização dos tipos ideais é
fundamental para que o sociólogo faça sua análise.
É no pensamento do pesquisador que o tipo ideal é construído,
e no plano das idéias pensa-se os fenômenos, criando assim o tipo. O tipo ideal
não está nos fenômenos, mas sim na cabeça do pesquisador.
Ainda hoje, muitos cientistas sociais em suas pesquisas
sociológicas, utilizam o método de tipo ideal, para restringir a pesquisa
dentro da diversificada realidade social. Com isso os pesquisadores focam sua
pesquisa em um determinado local, em um determinado grupo de pessoas, em um
fenômeno observado, facilitando a abordagem sobre o tema, tornando-o mais
passível de veracidade comprovada.
Em sociedades complexas, como os grandes centros urbanos da
atualidade, é imprescindível que haja um recorte, um enquadre de certos
fenômenos, em certas situações específicas, visto que se for haver
generalizações, seria impossível uma análise satisfatória.
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