domingo, 18 de agosto de 2013

O tipo ideal em Weber

Karl Emil Maximilian Weber (1864-1920), sociólogo alemão, criou alguns fundamentos da metodologia na sociologia moderna. Para ele a ciência era o veículo para se conhecer a realidade sobre a existência humana. Influenciado pelo filósofo Kant, em seus escritos ele mostrou ser fundamental a separação de ciência natural e social.  Escreveu “A ética protestante e o espírito do capitalismo”, e na obra “A ‘objetividade’ do conhecimento nas ciências sociais” ele criou o conceito de “tipo ideal”. O tipo ideal é um recurso metodológico utilizado pelo pesquisador para que ele possa delimitar sua busca na realidade social.
O tipo ideal é um elemento de análise retirado de dentro de algum elemento que constitua a sociedade, tais como: religião, economia, burocracia, capitalismo e a historia social. Weber acredita que analisar a sociedade como um todo é difícil, para isso a utilização dos tipos ideais é fundamental para que o sociólogo faça sua análise.
É no pensamento do pesquisador que o tipo ideal é construído, e no plano das idéias pensa-se os fenômenos, criando assim o tipo. O tipo ideal não está nos fenômenos, mas sim na cabeça do pesquisador.
Ainda hoje, muitos cientistas sociais em suas pesquisas sociológicas, utilizam o método de tipo ideal, para restringir a pesquisa dentro da diversificada realidade social. Com isso os pesquisadores focam sua pesquisa em um determinado local, em um determinado grupo de pessoas, em um fenômeno observado, facilitando a abordagem sobre o tema, tornando-o mais passível de veracidade comprovada.

Em sociedades complexas, como os grandes centros urbanos da atualidade, é imprescindível que haja um recorte, um enquadre de certos fenômenos, em certas situações específicas, visto que se for haver generalizações, seria impossível uma análise satisfatória.

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