terça-feira, 17 de setembro de 2013

A aplicação das políticas neoliberais pós Guerra Fria

Depois da Segunda Grande Guerra Mundial, o mundo se dividiu em dois pólos: o capitalista, liderado pelos Estados Unidos, e o socialista, liderado pela União Soviética. Antes de terminar a guerra houve provocação por parte dos Estados Unidos para a União Soviética, com a explosão das bombas atômicas em Hiroshima e Nagasaki, era sinal de que a parceria entre eles só duraria até o final da guerra.

O Brasil, durante o governo de Eurico Gaspar Dutra, alinhou-se com os Estados Unidos, cortou relações diplomáticas com países socialistas e perseguiu militantes do Partido Comunista.

Houve guerras e guerrilhas entre capitalistas e socialistas disputando territórios como as Coréias, o Vietnã, a China (Taiwan), e países africanos que conquistavam independência. Na América Latina, no ano de 1959, Fidel Castro e Ernesto Che Guevara lideraram a revolução cubana dando fim a ditadura de Fulgencio Batista, governo que era aliado dos Estados Unidos e que transformava Cuba em um "quintal norte-americano". Instala-se em Cuba o socialismo.

Os Estados Unidos apoiaram movimentos golpistas militares, que se espalharam pelas américas na década de 1960. No Brasil o golpe militar se deu em 31 de março de 1964. Houve uma conspiração articulada fortemente com a embaixada norte-americana e os brasileiros. A Ditadura Militar no Brasil foi de 1964 a 1985.

A União Soviética faliu. E essa falência se deu por alguns motivos: o governo stalinista foi uma violenta ditadura, havia uma máquina burocrática gigantesca (18 milhões de funcionários ocupavam funções não-produtivas), eles gastavam três vezes mais com seus meios de produção do que seus concorrentes capitalistas do ocidente, por falta de técnicas modernas, a produção interna já não abastecia as necessidades de consumo da população.

No governo de Leonid Brejnev a União Soviética começa a dar sinais claros de decadência econômica. Em 1985, Mikhail Gorbatchov assume o governo e para salvar a economia soviética implantou um plano chamado "Perestroika", onde adotou mecanismos de mercado como propriedade privada, diferenciação de salários, fim de monopólios estatais, livre concorrência, entre outros. Gorbatchov queria equiparar a produtividade da União Soviética com os Estados Unidos. Ele decidiu acabar com a burocracia estatal e seus privilégios, combater a corrupção e melhorar a eficiência administrativa. Nesse momento houve estranhamento da URSS com os seus satélites. Muitos buscaram independência. E alcançando independência, a maioria buscou adotar a economia de mercado.

O chamado neoliberalismo estava se espalhando pelo mundo como regra econômica, e os Estados unidos assistiam a tudo isso satisfeitos. No Brasil Fernando Collor de Melo colocava em prática seu plano neoliberal a partir de 1990, privatizando empresas públicas e abrindo a economia ao capital estrangeiro. Surgiu o Plano Real, que valorizou a moeda nacional, aumentando as importações, o desemprego e as falências no país.

Essa avalanche neoliberal no mundo era um sinal de que o capitalismo havia vencido. A partir daí houve uma globalização econômica, surgiram blocos econômicos regionais pelo mundo. O neoliberalismo pregado pelos Estados Unidos incentivava além da privatização de empresas estatais, também a diminuição de custos com programas sociais como educação, saúde e previdência social. Com a prática da chamada cartilha neoliberal aumentaram o desemprego, a miséria, a violência urbana e rural (Movimento dos Sem Terra no Brasil).

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