Num desses projetos universitários de intercâmbio, João Valente se inscreveu e esperava ansiosamente a oportunidade de conviver com um grupo do movimento social que mais admirava, o MST. O Movimento dos Trabalhadores Sem Terra estava lutando por adquirir respeito e credibilidade junto à população em 2014, principalmente com os Liberais. Era um movimento sério em sua maior parte e buscavam a igualdade social através da distribuição de terra improdutiva (geralmente de latifundiários) para a população desprovida de terra e que queria trabalhar na terra, produzindo. João contava os dias desde 8 meses atrás, quando se inscreveu. Como um marxista convicto começou a imaginar a revolução rural, a utopia da vida campestre. Filosofia social permeou sua mente por dias.
Valente queria ver o dia-a-dia daqueles trabalhadores, daquelas pessoas simples e maravilhosas. O dia chegou e ele pegou o ônibus, percorreu mais de 500 quilômetros, Brasil adentro, pequenas cidades que resistiam ao espírito selvagem do capitalismo, que enfeitavam suas ruas com flores, que conversavam demoradamente com seus vizinhos, que saiam de casa e despreocupadamente deixavam suas portas sem trancar. João Valente chegou na cidade, desceu do ônibus e foi se informar de como chegaria ao sítio. Descobriu que havia uma van do assentamento na cidade naquele momento, descarregando produtos artesanais. Foi ao encontro deles que o receberam com muito carinho.
Ao saírem rumo ao campo João Valente sentiu a energia mudar, o silêncio chegar, a paisagem melhorou: parecia que seus olhos lhe agradeciam a vista, vales verdes; seu olfato sentia a mata cheirosa, viva. Quando chegou ao assentamento, sentiu o calor humano daquele grupo que o recebeu muito bem, com comidas produzidas por eles mesmos, com um espaço com cama, lençóis limpos, recebido como membro da família de um senhorzinho chamado Januário, que residia naquela casinha modesta, feita de madeira. Seu Januário era muito simples, criado na roça, foi tentar a vida na cidade na sua meia idade, mas foi só desilusão, sofrimento com o egoísmo que a cidade produz nos seres humanos que lá vivem, sem contar o ritmo frenético que as pessoas ignoram ser anormal.
Conviveu com eles por duas semanas, ajudando na roça, na capina, na colheita e todo tipo de trabalho realizado no meio rural. Conversava sobre o movimento, sobre o poder popular, sobre as assembleias e todo o sentimento de luta e amor ao movimento. Histórias de militantes notáveis, de situações duras e de alegria, tudo que um movimento social passa. De noite, tocavam modas no violão ao redor do fogão à lenha, foi muito agradável aqueles dias.
No mesmo período que João intercambiou no MST, outros rapazes e moças também tiveram a oportunidade daquele convívio. Valente conheceu um pessoal muito interessante, e entre eles duas garotas muito especiais e lindas. Belas e inteligentes, ele ficou apaixonado. Não demorou muito ele ficou com uma e com a outra. Elas sabiam, eram amigas. Mas isso não era problema para elas, não havia ciúmes entre elas.
Numa noite dessas João Valente agarrou Sabrina e depois de uns bons amassos, ela deu a ideia de irem pro quarto da casa, onde João dormia. Ele tentou tirar essa ideia da cabeça dela, porém não havia onde ir, e eles queriam muito consumir o ato. Não teve jeito, foi ali mesmo, com a família de Seu Januário do outro lado daquela parede fina de madeira. Todos ouviram os uivos de gozo do casal naquela noite silenciosa.
Abalado mas não derrotado psicologicamente, o casal seguiu suas tarefas e mais a noite foi a vez de Ritinha provocar João com uma pegada certeira. Com a mão cheia, Ritinha pediu pra João penetrá-la, ali mesmo, atrás das moitas, ninguém estava vendo. Ele não se conteve e mandou ver! Quando para sua surpresa, a esposa de Seu Januário, a dona Avelina viu com muito espanto aquela cena. Haja amor ao movimento!
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