sábado, 12 de dezembro de 2015

A velha do Maranhão

Evaristo nasceu no sul do Brasil, passou sua infância e adolescência lá, onde estudou, fez amizades, namorou algumas garotas. Sempre foi ensinado a competir pelas melhores oportunidades, pelo melhor posto. Tendência capitalista que o sul do Brasil herdou da Europa. Porém ele nunca gostou muito da ideia, e ao longo do seu amadurecimento ele foi percebendo que podia fazer diferente, podia optar por uma vida simples, que fugisse à regra do consumismo desenfreado, que fosse mais honesta sobre seus sentimentos de cooperação com os amigos e vizinhos.
Primeiro ele desistiu da ideia de ter um emprego. O emprego é como uma cadeia que prende o homem à sua mesa, ao seu escritório, oficina; inibe a criatividade, a autonomia, transforma o homem em uma engrenagem da grande máquina capitalista que enriquece os patrões, que são muito poucos comparados à imensa maioria proletária. Evaristo chegou a ter alguns negócios, pra pagar as contas, mas não se perdia no labirinto da ganância e do egoísmo.
Decidiu ir morar no norte do país, mais especificamente no estado do Maranhão. Conseguiu um sítio barato no meio do mato, no sul do estado, 30 quilômetros da cidade mais próxima, 5 quilômetros do vizinho mais próximo. Era uma vida nova, com sua mulher e seus dois filhos pequenos. Pescava no rio, criava suas galinhas, plantava alguma coisa e viviam sem luz elétrica e sem banheiro. A cagança rolava no mato. Jogava-se a enxada no ombro e seguia mata adentro procurando o local mais tranquilo e agradável. Era puro prazer. O cheiro das ervas e flores relaxava seu intestino.
Muitas histórias vivenciou Evaristo e sua bela família. Avistaram bichos em extinção, viram pegadas de onça perto da casa, cobras de todo tipo, mas pra eles era tudo aprendizado e alegria. Dormiam e acordavam com o sol. Se sentiam parte do todo, energia do mesmo planeta.
Uma coisa que lhe chamou muito a atenção foi o povo maranhense. Os que viviam na região eram bem caboclos. Mestiços de índio e negro com uma pitada de branco: uma receita tradicional brasileira. Porém eles tinham costumes e jeito bem aborígene, estilo homem das cavernas. Eles viviam da mata, da pesca, caça. Pouco se plantava; era mais a mandioca e o arroz, que era muito admirado pelos mesmos. De resto, eles não se interessavam muito pelo plantio.
O Barbosa, vizinho dele, não queria saber de muito trabalho. Até pra caçar, ele armava uma rede no alto e ficava deitado com a espingarda, esperando o bicho vir até ele. Esse mesmo Barbosa, morou numa casa de pau-a-pique que depois de muitos anos começou a entortar pra cair, e esse caboclo só saiu de dentro depois que caiu uma parte. Aí com muito esforço ele construiu uma nova casa.
Mas o que mais chamou a atenção de Evaristo foi a esposa de um outro vizinho. Seu Ronildo tinha um sítio ali perto e um dia convidou Evaristo e sua família para um almoço de aniversário. Foi quando apresentou sua esposa. Dona Nene tinha 1,40 metros de altura, forte, cabeça chata mas de um jeito que não parecia humano. Um cranio espetacular. Tinha dentes pequenos, mas afiados, grandes gengivas, olhos pequenos, mãos tremulas e com pouca sensibilidade. Ela falava em grunhidos, quase não dizia palavras. Tinha reações bestiais. Nas palavras de Evaristo aquela senhora parecia homo sapiens, uma evolução anterior à nossa. Intermediário entre o macaco e o homem moderno. Os filhos de Evaristo tinham medo dela. No primeiro dia que a viram, choraram de medo.
E entre outras preciosidades Evaristo guardou aquilo na memória de bons tempos de sertão.

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Tocando por uma causa nobre

Tocando por uma causa nobre

Eusébio era um homem simples, criado no interior do Tocantins sempre foi um homem direto, honesto e transparente. Era amigo de todos, uma pessoa da paz, sempre querido pelos seus conterrâneos. Casou com Maria das Dores e teve 4 filhos, dois homens e duas mulheres. Além da sua família, sua grande paixão era a música. Exímio violonista, aprendeu a tocar com um amigo de seu pai, e desde criança criou amor pelo instrumento e até então não se imaginava sem o violão. Gostava de música popular brasileira, guitarradas, dentre outros sons do norte do Brasil, e passava tardes nas casas de amigos tocando e compondo músicas.
Além das muitas apresentações musicais, das quais tirava seu ganha pão, ele dava algumas aulas de violão pra complementar a renda. Ser músico profissional nesses dias não era nada fácil, raro eram as pessoas que viviam da música. Mas para Eusébio isso não era motivo pra desamimar. Seu sonho era aquele, viver de sua paixão. E ele pensava, analisando suas prioridades de vida, que se fosse pra viver com pouco e ser feliz ele preferiria mil vezes a simplicidade. Afinal, pra que servem os luxos sem a felicidade?
Criava umas 10 galinhas no terreiro, além de cuidar de seu pequeno pomar. Nas poucas vezes que foi pra cidade grande, já logo queria estar de volta ao seu querido interior, onde ouve-se os passarinhos ao invés de buzinas de carro e moto, contempla-se flores coloridas ao invés de avenidas em marginais cinzas, paredes pichadas, onde respira-se ar puro e come-se alimentos sem veneno. O que mais lhe intrigava era ver um monte de gente vivendo um em cima do outro, engaiolados, sem tocar na terra de seu quintal e que utilizavam de grandes caixas metálicas que subiam e desciam mecanicamente transportando esses infelizes. Ele nem gostava de entrar nessas habitações. Era uma coisa muito esquisita.
Certo dia, Zé Miguel chamou Eusébio e contou que tinha plano de ajudar uma Organização Não Governamental que cuidava de crianças especiais, explicou como funcionava o trabalho daquele pessoal e toda a ajuda que eles representavam para a região. Tinha muitas pessoas que não sabiam que fariam com seus filhos, por falta de instrução e dinheiro, e essa instituição ajudava com escola, alimento, acompanhamento médico, e muitos outros tipos de apoio. Eusébio ficou maravilhado com a prestatividade daquelas pessoas. Zé Miguel convidou ele para participar do projeto, onde eles fariam um show pra arrecadar dinheiro pra Instituição.
O show foi feito, encheu, e no dia seguinte eles foram lá na ONG levar o dinheiro. A diretoria ficou muito feliz com a ajuda e pediu que eles fossem apresentados às crianças. Eles iriam fazer uma pequena apresentação para todos ali. Prepararam os instrumentos, o som, se ajeitaram e Zé Miguel pegou o microfone e se apresentou:
-É com muita satisfação que venho aqui tocar música para vocês. Sou Zé Miguel, percussionista e amigo de vocês. Obrigado.
Eusébio estava faceiro, sorridente, orgulhoso. Aí foi a vez dele de falar:
-Eu sou o Eusébio, toco violão, e é um grande prazer estar aqui e tocar pros mongoloides, pessoal tão legal.
Alguns riram, outros ficaram assustados, outros calados. E o show foi um sucesso.

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Xingando mulher porca

Xingando mulher porca

Vangelder era um senhor dos seus setenta e cinco anos, era engenheiro mecânico e trabalhava numa grande empresa no sul do Brasil. Era metódico, tinha explicação pra tudo, e tinha um senso apurado de civilidade. Era bélgico e tinha vindo para o Brasil no início dos anos oitenta, com seus 45 anos. Mudança trágica que ele enfrentou por sua mulher Marcília, gaúcha que ele conheceu na Alemanha e se apaixonou. Ele disse à ela depois de muita aporrinhação: Ou vamos para o Brasil agora, ou nunca mais! Eles foram. Casou tarde, pois entendia que casamento era pra vida toda. Então antes de casar, vivenciou muitas coisas, morou em outros países, morou dentro de um veleiro por 7 anos, teve várias namoradas e assim casou-se sem se arrepender, muito. Casou com 42 anos, mas poderia ter enrolado até uns 45, disse ele uma vez aos amigos de seu único filho.
No Brasil, Vangelder enfrentou a crise eterna de ser latino-americano. Não era, mas teve que viver como um. Pegou a fase final da ditadura militar, corcéis, fuscas e kombis enchiam as ruas brasileiras. A inflação era absurda, havia muita pobreza e fome, e os políticos eram blindados contra qualquer tipo de ataque do povo. As pessoas não estavam acostumadas com liberdade, com educação livre, com a consciência de coletividade urbana. Furava-se sinal de trânsito, não usava-se cinto de segurança, era comum pagar propina para policiais rodoviários e não rodoviários, entre outros atrasos que para Vangelder lhe causavam indignação e até uma vontade de ser justiceiro. É aí que começa nossa história.
Era meados de outubro e no Rio Grande do Sul pairava o frio. Aquele inverno tinha sido intenso, a água congelava nos encanamentos e quando abria-se a torneira, não vinha nada. Para aquecer o motor do Corcel 1973 era preciso liga-lo uma hora antes, no mínimo, e agasalha-lo com uma coberta como à uma criança. Vangelder como de costume acordou cedo e foi para o trabalho, lá encontrou seus colegas, e enquanto faziam um projeto de um silo para uma fazenda de soja, um deles começou a falar do trânsito caótico que havia em Porto Alegre e da falta de respeito com a lei de trânsito por parte das pessoas: Desse jeito vamos terminar como animais numa selva, onde só o mais forte sobrevive! Vangelder aproveitou o ensejo e encheu a boca pra falar da Bélgica, de como havia um senso apurado de civilidade, onde se faziam leis para serem seguidas, onde a pessoa podia sair de casa e deixar sua porta aberta. Todos concordaram com ele e lamentaram o Brasil estar tão aquém dessa evolução de pensamento coletivo.
Veio a hora do almoço e Vangelder partiu para seu restaurante de costume. Não era seu preferido, mas tinha um bom buffet, variado e saudável, e como ele bem sabia, l'homme est ce qu'il mange, e assim ele caminhava já imaginando seu déjeuner.
Quando o nosso gringo estava chegando em seu destino, viu uma cena deplorável: uma senhora de seus cinquenta anos que já deveria ter vergonha na cara, joga a embalagem de seu lindo bombom na calçada, sendo que havia uma lixeira à 10 metros dali. Vangelder se indignou, e contendo a emoção, disse em português carregado de sotaque: Senhora, senhora! A senhora deixou cair um papel no chão! A mocreia com ar de desdém olhou para aquele senhor europeu e disse: Não caiu não, foi eu que joguei mesmo! Ah! Aí Vangelder não se aguentou, com os olhos arregalados e vermelhos, com o corpo todo tremendo de raiva e com toda a força de seus pulmões gritou em alto e bom som: Prostituta, prostituta, prostituta!
Esse ato de selvageria, de justiça com as próprias mãos, de lição de moral, lhe bastou, e com sensação de trabalho feito, foi almoçar, sabendo no fundo que era um professor das ruas.

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Libertinagem no MST

Num desses projetos universitários de intercâmbio, João Valente se inscreveu e esperava ansiosamente a oportunidade de conviver com um grupo do movimento social que mais admirava, o MST. O Movimento dos Trabalhadores Sem Terra estava lutando por adquirir respeito e credibilidade junto à população em 2014, principalmente com os Liberais. Era um movimento sério em sua maior parte e buscavam a igualdade social através da distribuição de terra improdutiva (geralmente de latifundiários) para a população desprovida de terra e que queria trabalhar na terra, produzindo. João contava os dias desde 8 meses atrás, quando se inscreveu. Como um marxista convicto começou a imaginar a revolução rural, a utopia da vida campestre. Filosofia social permeou sua mente por dias.
Valente queria ver o dia-a-dia daqueles trabalhadores, daquelas pessoas simples e maravilhosas. O dia chegou e ele pegou o ônibus, percorreu mais de 500 quilômetros, Brasil adentro, pequenas cidades que resistiam ao espírito selvagem do capitalismo, que enfeitavam suas ruas com flores, que conversavam demoradamente com seus vizinhos, que saiam de casa e despreocupadamente deixavam suas portas sem trancar. João Valente chegou na cidade, desceu do ônibus e foi se informar de como chegaria ao sítio. Descobriu que havia uma van do assentamento na cidade naquele momento, descarregando produtos artesanais. Foi ao encontro deles que o receberam com muito carinho.
Ao saírem rumo ao campo João Valente sentiu a energia mudar, o silêncio chegar, a paisagem melhorou: parecia que seus olhos lhe agradeciam a vista, vales verdes; seu olfato sentia a mata cheirosa, viva. Quando chegou ao assentamento, sentiu o calor humano daquele grupo que o recebeu muito bem, com comidas produzidas por eles mesmos, com um espaço com cama, lençóis limpos, recebido como membro da família de um senhorzinho chamado Januário, que residia naquela casinha modesta, feita de madeira. Seu Januário era muito simples, criado na roça, foi tentar a vida na cidade na sua meia idade, mas foi só desilusão, sofrimento com o egoísmo que a cidade produz nos seres humanos que lá vivem, sem contar o ritmo frenético que as pessoas ignoram ser anormal.
Conviveu com eles por duas semanas, ajudando na roça, na capina, na colheita e todo tipo de trabalho realizado no meio rural. Conversava sobre o movimento, sobre o poder popular, sobre as assembleias e todo o sentimento de luta e amor ao movimento. Histórias de militantes notáveis, de situações duras e de alegria, tudo que um movimento social passa. De noite, tocavam modas no violão ao redor do fogão à lenha, foi muito agradável aqueles dias.
No mesmo período que João intercambiou no MST, outros rapazes e moças também tiveram a oportunidade daquele convívio. Valente conheceu um pessoal muito interessante, e entre eles duas garotas muito especiais e lindas. Belas e inteligentes, ele ficou apaixonado. Não demorou muito ele ficou com uma e com a outra. Elas sabiam, eram amigas. Mas isso não era problema para elas, não havia ciúmes entre elas.
Numa noite dessas João Valente agarrou Sabrina e depois de uns bons amassos, ela deu a ideia de irem pro quarto da casa, onde João dormia. Ele tentou tirar essa ideia da cabeça dela, porém não havia onde ir, e eles queriam muito consumir o ato. Não teve jeito, foi ali mesmo, com a família de Seu Januário do outro lado daquela parede fina de madeira. Todos ouviram os uivos de gozo do casal naquela noite silenciosa.
Abalado mas não derrotado psicologicamente, o casal seguiu suas tarefas e mais a noite foi a vez de Ritinha provocar João com uma pegada certeira. Com a mão cheia, Ritinha pediu pra João penetrá-la, ali mesmo, atrás das moitas, ninguém estava vendo. Ele não se conteve e mandou ver! Quando para sua surpresa, a esposa de Seu Januário, a dona Avelina viu com muito espanto aquela cena. Haja amor ao movimento!

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Transando e o espírito encostando

Celso e Manú se conheceram na balada, gostavam de raves, músicas eletrônicas, tomavam LSD, êxtase, entre uma dose de vodca e outra. Como solteiros eles levavam uma vida frenética, muito agitada, com muito extravaso. Se conheceram assim, e assim decidiram ficar, estabeleceram uma parceria e não havia mentira entre eles, não havia hipocrisia, continuaram a fazer as mesmas coisas juntos. Uma vez chegaram a ir numa zona, e ambos transaram com uma garota de programa; uma vida bem livre de preconceitos. Se amaram, e de tanto amor, não conseguiam se desgrudar mais, e assim casaram. Fizeram cerimônia e tudo.
Com os anos, todo relacionamento se transforma, as pessoas se transformam, e aí surgem os conflitos. Celso passou a estudar símbolos, política, teorias da conspiração, e junto com ideias religiosas que ele tirou de sua própria cabeça, com influências cristãs e evangélicas nutridas pela família, criou suas próprias teorias. Teorias que pra ele eram leis, eram a verdade absoluta, incontestáveis. E criou-se um fanatismo religioso dele com suas próprias ideias. Manú estranhou aquilo, mas ela achou que aquela seria apenas uma de suas muitas loucuras, e que logo ele desistiria daquele pensamento. Além de ele não esquecer aquela história toda, resolveu puxar sua esposa pro buraco, e passou a pegar no pé dela, proibiu droga, bebida, balada, tudo o que ela gostava. Dizia que ela deveria buscar Deus, ser uma esposa mais dedicada, pois se continuassem naquele caminho os bons laços de família não iriam se concretizar.
Que a liberdade seja defendida e Celso tinha todo o direito de acreditar no que quisesse, afinal, todo mundo acredita em alguma coisa, mesmo que essa coisa seja não acreditar em nenhuma coisa. O problema aqui está na relação humana, relação de dominação, que nem sempre é algo consciente, nem algo com fundo de maldade. Ele gostaria de que ele e sua família acreditassem em Deus e o buscassem da mesma maneira, formando um grupo unido física e espiritualmente. Ele pensava: se termos filhos, o que lhes ensinaremos? Como os educaremos?
A verdade é que o casal começava a ter cada vez mais discórdias. Manú adorava tomar uma cervejinha depois de um dia exaustivo de trabalho e fumar um cigarrinho. Nada demais, sem extrapolar. E isso era motivo pra preocupação, pra tensão. As vezes ela fazia isso escondido, e logo depois se arrependia pensando: que absurdo eu tomar uma cervejinha de leve escondida do meu marido, parece até que eu o estou traindo. E no discurso de Celso era como se fosse traição mesmo.
Depois de uma boa discussão, vinha os pedidos de desculpa, as juras de amor e fatalmente o sexo. O sexo conciliativo tem um sabor especial, sabor de renovação de votos. E nesse calor de emoções e prazeres físicos eles partiram para um papai e mamãe apaixonado. Com voracidade e virilidade Celso assumiu seu posto por cima de Manú e depois de uma meia dúzia de estocadas sentiu algo estranho e disse pra Manú, com aparência desanimada e ao mesmo tempo alucinada: Amor, eu to sentindo algo estranho, acho que to ficando possuído. Manú perplexa pergunta: o que? Que você disse? Ele repete e completa: Acho que tem um espírito encostando em mim, tem um demônio querendo encostar em mim! Broxura instantânea. Manú ficou puta e ao mesmo tempo tinha vontade de rir. Por sua cabeça passou uma cena hilária: um triângulo amoroso deles com a tal entidade. Hilário, porém broxante.  

domingo, 30 de agosto de 2015

Chorando pelado

Andinho era um rapaz direito, cumpria com seus deveres de cidadão, de homem, não gostava de falcatrua. Andinho era homem fiel, honesto, gostava do que era certo e nem passava pela sua cabeça mentir para sua mulher. Ele trabalhou por muito tempo como comerciante na cidade, trabalhava de dia e de noite pra alcançar sua meta. Porém ele sabia que esse ritmo de trbalho, de correria, não lhe fazia bem. Não faz bem pra nenhum ser humano trabalhar mais que seis horas, muito mais pra ele que trabalhava dez horas por dia!
Camila, sua namorada, era uma moça determinada, tinha vinte e cinco anos e já possuía seu consultório de psicologia e já buscava algo melhor, com mais espaço, mais glamour para seus pacientes. Gostava de roupas de mulher mais velha, de meia idade, pois aquelas se ajustavam à sua idade, dizia. Andinho preferia que ela usasse roupas de mulher de vinte e poucos.
O casal se conhecia havia muitos anos, foram amigos de infância, e depois de anos surgiu um interesse sexual, o que os levou ao namoro. Eles se conheciam muito bem. Os pais dos dois adoraram e torciam para que o casal desse certo, com a benção de Deus. Camila, apesar de ser muito parceira, começou a plantar ideias na cabeça de Andinho, ela dizia que ele deveria ser mais centrado, mais ambicioso, subir os degrais do sucesso e das classes. Andinho começou a se encomodar com essa história, sentia de alguma forma uma ansiedade, uma pressão, que vinha mas ele não sabia como. Afinal, ele era muito bem decidido com suas ideologias. Era um rapaz trabalhador sim, e até tinha algumas ambições, porém acreditava num futuro possível onde haveria menos desigualdade, mais liberdade e mais amor. Não era certo passar por cima de ninguém pra obter vantagem financeira, isso é pros que ignoram a coletividade.
Certo dia, Andinho chegou do trabalho, tomou um belo banho quente, relaxou, depois ligou pra Camila e combinou de se encontrarem. Ele estava com saudade dela. Apesar do namoro ter começado fazia pouco tempo, ele sentia como se namorassem há muito tempo. Ele tinha boas expectativas com relação ao futuro com Camila. Jantaram juntos, conversaram e entre um folguedo e outro, foram diminuindo suas peças de roupa, até estarem como vieram ao mundo. Entre uma carícia e outra, Camila voltou a falar sobre a ascensão social necessária, e Andinho sentiu um aperto no peito, uma angústia, que foi aumentando conforme ela ia falando, sua voz se tornara chata, seu tom era estridente e antipático, Andinho não aguentou mais e se impos, disse que as coisas não eram bem assim e que ele tinha valores de homem do bem, que acreditava na evolução da consciência, onde todos se tratariam melhor e que a comunidade poderia viver uma autogestão anárquica. Camila falou duro com ele, apesar de ter aveludado a voz, ela era direta, dizia que se ele pensasse assim iria estagnar, seria passado pra trás, feito de trouxa, pois ninguém estava nessa onda dele e as pessoas eram como feras disputando carniça em meio à savana da vida. Ela falou como amiga de infância, falou com autoridade de mãe, usou de toda a psicologia possível, afinal, ele era seu principal projeto, Andinho tinha futuro, levava jeito pra negócios. Tanta pressão aliada a técnicas, levaram Andinho à um surto, onde em meio à protestos, desatou em choro. O choro foi livre. E a cena se revelou ridícula: ele e a namorada nús, e ele chorando motivado pelo uso da psicologia por sua querida. Dias depois eles terminaram o namoro.

quinta-feira, 30 de julho de 2015

Agricultura e Florestas – Jorge Vivan - Resenha crítica


Jorge Vina vem por meio desta obra, trazer luz para todos os interessados em agroecologia em específico agroflorestas, onde cria-se uma floresta onde as plantas nativas se misturam com as plantas alimentícias ou de alguma outra função, mas que foram introduzidas naquele espaço pela ação do homem, criando um equilíbrio daquela vegetação e natureza como um todo.
Através de pesquisas acadêmicas e dados estatísticos, Jorge mostra a possibilidade de produzir aliado com a natureza, participando do ciclo natural que vai do nascimento ao outro nascimento. Mais um aprendizado imortantíssimo para todos que militam pela preservação da natureza e que praticam a permacultura.
Segue uma resenha do livro:
“Essa é a nossa porta de entrada para o fuuro possível, onde o homem deixe de ser o sabotador de seu próprio sustento, e incorpore em sua vida diária a interação otimizada com o ambiente que nos sustenta.”
“Os colonos italianos que chegaram ao sul do Brasil, em 1885 derrubaram araucárias (Araucaria angustifolia) de mais de 3m de diâmetro e 45m de altura, visando o plantio de trigo, cujas sementes trouxeram da Itália. Na mesma área, relativa (600m2) à copa de uma dessas árvores que produzia mais de 300kg de pinhões por ano por árvore, menos de 60kg de trigo eram colhidos.”
“Em substituição ao papel de 'orquestrador' da Companhia das Índias Ocidentais do tempo das caravelas, temos os conglomerados madeireiros, o agribusiness pecuário e seus elos internacionais de mercado. Do migrante miserável ao alto executivo, a ideologia é de que é uma 'missão' dar uma 'utilidade' aos ecossistemas e 'civilizar' os indígenas. Maximizar o uso do recurso natural e acumular bens é tão natural na ideologia dessas regiões como respirar.”
“... as legislações ambientais vieram sempre após a formalização social do processo de degradação, e que o povo obedeceu às novas regras enquanto houve coerção pela força.”
“Teríamos que incluir citações como 'Maias (765 a.C.)'. Afinal, determinadas práticas de manejo agroflorestal foram herdadas deles, embora diferentes pesquisadores tenham se ocupado em relatá-las, e agricultores contemporâneos ainda as adotem.”
“... não há nada de errado com o mundo. O que esta errado é a nossa maneira de olhar para ele.”
“Resumindo, a análise histórica mostra que, mesmo tendo elementos fortes de sustentabilidade e adaptação ambiental, os sistemas agrícolas – os agroecossistemas – sempre foram muito influenciados pela ideologia dos seguimentos dominantes.”
“Portanto, encarando de frente a vida que nos envolve, como parte dela que somos e não como deuses onipotentes...”
“Em suma, não é o que queremos que as plantas e os animais nos produzam. O que comanda é o potencial inerente que todo o organismo vivo que congrega e integra plantas e animais pode produzir, e quais são os fluxos e ciclos de energia que determinam esta produção.”
“O resultado global destes preceitos é uma abordagem que procura não como intervir, mas sim, como não intervir.”
É imprescindível fazer um “...zoneamento de ambientes favoráveis às culturas que pretendemos” para não precisarmos alterar muito a natureza e geografia local.
“... bananeiras precisam de zonas de umidade constante, boa exposição solar e matéria orgânica. Isso não é encontrado dentro de uma mata primária intacta...”
“... Amaranthus spp. Essa planta cobre bem o solo e é grande recuperadora de nitratos. Enquanto não competem por luz, a alface e o amaranto são um consórcio. Quando esta competição se inicia, o manejo de 'capina' é quebrar o amaranto, de modo que os nutrientes que acumulou sejam recuperados pela alface.”
“Se quiséssemos aumentar a eficiência energética do sistema, poderíamos ter introduzido mamão ou outro cultivo apropriado de ciclo médio.”
“Por isso, mais do que nunca, é preciso entrar na mata, andar, tocar, observar e senti-la como que verdadeiramente é, ou seja, um organismo vivo e auto-regulado.”
“... quanto maior o conhecimento do histórico do local, maior será a quantidade de informações que um indicador biológico poderá fornecer.”
“... a análise das interações entre radiação, umidade e nutrientes. Essas interações determinam as características básicas da fauna e da flora.”
“ Quanto mais perto dos pólos, mais crítico é o fator radiação, através da redução de luz e calor.”
“Também aliada à umidade alta, a sombra não ajuda muito secadores solares, plantios de determinadas culturas anuais e determinadas fases de frutíferas, como a floração.”
“... o encontro entre o reducionismo e o holismo, entre o saber popular e o saber acadêmico é o caminho para se chegar a um conhecimento real dos ambientes.”
“para conhecer a natureza, devemos prestar mais atenção às formas do que ao conteúdo”.
“Quando falamos da dinâmica da sucessão natural de espécies, citamos a palavra 'consórcios' e 'consórcios dominantes' algumas vezes. Na verdade, não se trata apenas de uma sucessão de espécies, mas sim de uma sucessão de consórcios de espécies. … um consorcio de seres vivos, do nivel micro ao macro.”
“Na sequência, os cipós deslocam-se para o alto das árvores, criando uma teia de amarração que ajuda a vegetação a resistir aos vendavais e ciclones.”
“Áreas abandonadas há mais de 8 anos e que sustentam apenas samambaias e arbustos pioneiros indicam como histórico uma ação antropogênica intensa, com fogo e pastoreio... embaúbas... uma derrubada seguida de fogo com posterior abandono... solos mais férteis e úmidos... embaúba branca... embaúba vermelha... solos mais fracos.”
“... nem todas as espécies tolerarão podas anuais, mas sim deverão ser avaliadas em função da recuperação que apresentarem.”
“...a podação seletiva de indivíduos causa uma transferência progressiva da biomassa ( e consequentemente dos nutrientes) armazenados na vegetação para o solo.”
“Este é um pricípio que orienta as roças indígenas...”
“Embaúbas(Cecropia spp)... certa habilidade de rebrote enquanto juvenis e adultas. Mundururús (Melastomataceae) já são menos hábeis no rebrote... Capiangas têm grande capacidade de rebrote, assim como o Fumo-Bravo (Solanaceae)... jurubeba (Solanaceae), a candeia (conhecida como 'vassourinha' no sul do Brasil, família Compositae) são hábeis no rebrote...”
“Resumindo, o comportamento das espécies é o resultado de uma interação entre o nicho que ocupam na sucessão, e fatores de nutrientes, umidade e radiação.”
“Na Mata Tropical Úmida, quando há a ausência de um período seco previsível, o final da época dos vendavais é propícia para o manejo de áreas de mata secundária madura e mata primária...”
O manejo no período de chuvas “propicia a entrada de radiação e nutrientes numa época onde esses fatores poderiam limitar o crescimento das espécies introduzidas.”
“Em outras palavras, o produtor pode receber de 10 a 100 vezes menos do que o consumidor paga pelo mesmo produto.”
“Queremos conhecer profundamente populações e ambientes e desvendar a lógica dos sistemas, de modo a deixá-los mais afinados com os ambientes, o que pode vir a torná-los economicamente eficientes, ambientalmente sustentáveis e socialmente benéficos.”
Em terrenos como os latossolos da Mata Atlântica, qual é a agricultura que podemos praticar? “Cultivos sucessivos e consorciados que mantêm o solo coberto; rotações de cultivos com espécies ferilizadoras, introduzidas ou nativas; convivência dos cultivos com plantas nativas...”
“ ...numa área menos exposta à radiação, algumas culturas, como o feijão e o milho, podem ter dificuldades ou diminuição de produtividade.”
“Radiação. Uma exposição voltada para o noroeste aumenta significativamente a quantidade de energia radiante recebida, principalmente, em áreas declivosas.”
“Para o agricultor que planta, maneja e colhe em um sistema agroflorestal, dois fluxos são básicos: quantificar entradas e saídas, relacionadas a volume, data e natureza da atividade ou produto. Esse tipo de anotação primária permitirá traçar um perfil de consumo de capital, mão-de-obra e insumos, bem como de produtos obtidos ao longo do tempo.”
“A grande dificuldade é analisar o desempenho dos produtos item por item, uma vez que os insumos, manutenção e mão-de-obra afetam praticamente todo o sistema, não importando se ele será colhido em 3 meses ou 30 anos. De qualquer modo, os retornos proporcionados pelos produtos de curto e médio prazo podem ser relativizados aos custos integrais do sistema no período, o que dá uma relação custo/benefício do produto em relação ao sistema como um todo.”
“Não sabemos ao certo quem está derrubando nossas florestas e nem quem vai alagar nossas terras, mas sabemos que moram em cidades, onde os ricos estão ficando mais ricos, e nós os pobres estamos perdendo o pouco que temos”.
“...o tamanho ideal de cada mutirão era o que possibilitava que cada propriedade fosse visitada uma vez por mês. Todas as segundas... quatro famílias de agricultores...”
E suma, o livro traz a reflexão sobre produzir alimentos, madeira com equilíbrio e em conjunto com a natureza. E nos lembra que somos parte dessa natureza, fazemos parte dessa energia maior que rege toda a vida no universo. Nesse aspecto, não somos nem maiores nem menores que os outros seres vivos.

terça-feira, 23 de junho de 2015

O vizinho estranho

Rafael era um rapaz diferente dos demais, ele gostava de fazer história na vida, viver aventuras, explorar lugares desconhecidos, gostava de se arriscar, conhecer pessoas e ao mesmo tempo preferia a solidão, fato que se consolidou quando finalmente foi morar no mato a primeira vez. O sul do Pará foi de grande aprendizado e também de desafio para aquele moço, mas agora, um pouco mais maduro, preferia gozar daquela vista das montanhas mineiras. Afinal, mosquito é mesmo o diabo.

Comprou uma pequena propriedade, e planejou construir sua casa. E enquanto isso, mantinha uma relação ítima com sua vizinha de sítio. Amizades também foram consolidadas na redondeza. Era conhecido por poucos. Quase ninguém conhecia-o por nome. Era decente, se dava ao respeito.

Além dos afazeres de sítio, sobrava-lhe tempo para vadiagens e devaneios. E em um belo dia de chuva, depois de já passados 5 dias chuvendo, cansado de ficar em casa, vestiu sua capa de chuva, do jeito que estava ( e estava só de cueca) pegou seu pifano e foi para o campo. Resolveu subir um morro e em cima de uma rocha, se soltar um pouco, relaxar.

Tocou seu pífano com muita empolgação e alegria em seu coração. Dançou, rebolou e gastou seu pulmão jovem até não poder mais. Chovia à cântaros. Os moradores da montanha temiam até uma tragédia.

Seu Zé, vizinho de sítio, saiu apressado pra acudir um casal que tinha um bebê e cuja casa ficou sem luz elétrica. Coitados, desprovidos do essencial. A galopes de cavalo descia o Seu Zé. E o que não foi sua surpresa ver seu vizinho, Sinhozinho Rafael, fazendo aquela estripulia toda, de noite, num temporal daquele.

Interior todo mundo se conhece, sabe da vida do outro e fofoca mesmo, sem um pingo de vergonha na cara. E foi o que aconteceu naquele dia, sobre o ocorrido na noite passada. O vilarejo conheceu e passou a comprimentar o mais novo morador da montanha, com um sorriso malicioso, de quem aceita mais um colega doido. Mas quem é normal?

domingo, 21 de junho de 2015

A senhora, dois amigos e a cocaína

Estava Arthur e Cleiton indo para uma festinha nas imediações da Lagoa da Conceição, quando ao passarem pelo Campeche, avistaram uma senhora, de seus 60 a 70 anos de idade, caminhando pela Pequeno Príncipe e pedindo carona, pesando pelo seu corpo cansado a gravidade, o quelhes chamou a atenção. Conversaram entre si e decidiram oferecer carona para aquela pobre senhora, que devia ser avó de muitos.

Pararam o carro, abaixaram o vidro, e ofereceram respeitosamente carona. Perguntaram para onde ela ia, e ela respondeu que iria para o Rio Tavares, caminho para eles. Ela entrou, e junto de si trazia uma sacola plástica, com algumas garrafas, que atritavam entre si e geravam aquele barulho peculiar. Arthur já olhou para Cleiton com malícia de quem desconfiava do que se tratava aquele conteúdo.

A conversa se iniciou de forma cuidadosa, se preocupavam com a segurança daquelasenhora que transitava pelas ruas às 23h de uma sexta-feira. Perguntaram onde ela gostaria de ficar e ela disse que seria ótimo ficar no posto de gasolina 24 horas do Rio Tavares. Pois talvez encontrasse com alguns conhecidos. O que aguçou a curiosidade dos dois amigos.

Não demorou muito, aquela senhora de aparência decente, e até tradicional, se mostrou atrevida. Ela perguntou o que aqueles dois estranhos iriam fazer naquela noite de inverno, o que pretendiam realizar. Eles disseram que iam se divertir, encontrar alguns amigos, ouvir um som, tomar algo talvez. Aquela senhora então tomou coragem e convidou Arthur e Cleiton para uma suruba, onde haveria alcool e cocaína. Podiam apenas se tocar, ou algo mais, sacanagem de todo tipo era permitida. Uma orgia à moda antiga (provavelmente ela era da velha guarda dos "sexualmente livres"), mas não tão antiga. Até moderna para aqueles amigos.

Uma surpresa para aqueles dois amigos nos altos dos seus 28 anos, que esperavam que sua próxima década de vida fosse trazer o sussego, que uma vida madura que fazia a promessa de trazer tranquilidade fossem elevá-los à uma posição mais sublime, de evolução; então se surpreenderam com esse mulher bem mais que madura que lhes mostrou que tudo podia ser bem ao contrário. A baixaria, a sacanagem os podia perseguir por anos, até a velhice, eternamente talvez.

Brincaram com ela, na amizade, mas ao fim recusaram, lisonjeados pelo convite. Todos somos pessoas únicas, completas e com direito à felicidade. Eles se manteram fiéis ao seu conceito de felicidade e evolução, mas entenderam e respeitaram o desejo e a liberdade de cada um ao seu limite de libertinagem. Quer viver a esbórnia? Que viva! Não interessa quem nem a idade.

Arthur ainda brincou com Cleiton, se realmente ele não se interessava na proposta. Não esta fácil encontrar propostas assim! Risos. Lição de hoje: os limites da libertinagem vão mais além da nossa imaginação. Não crie estereótipos, eles podem te enganar.

segunda-feira, 13 de abril de 2015

Mijando no pub

Era uma turma de amigos de anos. Estudaram o ensino médio juntos, na mesma escola, conviviam fora de sala de aula, jogavam basquete juntos, frequentavam as mesmas festas e decidiram que ao se formarem no terceirão, iriam viajar pela europa, onde morariam e trabalhariam por um tempo, ou talvez pra sempre.
Escolheram morar em Londres, no Reino Unido, já que a Libra lhes podia fornecer um melhor salário. Uns vieram diretamente do Brasil, enquanto outros vinham de outros países como os Estados Unidos e Itália. Estavam desbravando o Velho Continente, conhecendo a origem da cultura ocidental e vivenciando a juventude com festas em lugares desconhecidos.
Como muitos jovens de vinte e poucos anos, estavam experimentando seus limites físicos e morais, um aprendizado necessário que todo adulto deve ter. Esse aprendizado da vida às vezes nos cobra um preço, ou simplesmente nos dá uma lição.
E numa noite de sábado, eles decidiram testar seus nervos num pub de Londres. Juntos eles se transformavam. Começaram com uísque escocês e beberam cerveja dentre outras bebidas, e assim se foram 4 horas bebendo sem moderação.
Ao final do ritual, um funcionário inglês foi pedir que eles se retirassem, pois já estavam exaltados. Sendo que para um inglês, os brasileiros sobriamente já são exaltados, eles não receberam bem a ideia. A maioria resolveu que não iam sair. Eles eram como uma gangue, e se sentiram injustiçados e até desafiados.
Começou a intervenção dos seguranças que cairam de mão em cima deles, que respoderam no mesmo nível. A coisa ficou feia, e enquanto o pub se esvaziava, um dos amigos, movido por um litro de uísque, arrancou o pau pra fora e começou a mijar, ali mesmo, no meio do pub. Quando o segurança se deu conta do ato, agarrou ele que ainda não tinha parado de urinar, e o jogou porta afora, caindo no chão e se mijando todo.
E assim depois de ameaçarem e serem ameaçados, partiram rumo a casa, sob ameaça policial, analisando a situação, pensando em como foram imaturos, e como colocaram sua segurança e a dos outros em risco, de forma tão leviana. Em silêncio caminhavam juntos com uma sensação de prazer, cansaço e aprendizado pairando no ar.

Filosofando nús

Breno era um homem incomum, era avesso ao establishment, e como não gostava do sistema, foi aos poucos desgostando das coisas ligados à ele, como trânsito, shoppings, lojas, escolas, urnas de votação. Chegou a ir mais longe, depois dos 30 anos foi perdendo o gosto por festas, qualquer tipo de tumulto ou bebedeira. As pessoas quando se juntam em grupo, dizia ele, se transformam pra pior. Os homens querem se aparecer para as mulheres e vice-versa; e fazem muitas vezes isso de forma patética, desagradável. E as fofocas e difamações então?
Breno nessa época era bon vivant, seus custos eram bancados por seu pai, que era construtor civil e que torcia para que muito em breve ele passasse em algum concurso público. O que ocorreu, porém dez anos depois desse ano. Muitas de suas horas eram gastas em pequenas reuniões de músicos independentes, onde conversavam, tocavam, bebiam e fumavam. Eram artistas criando as tendências da atualidade.
Um dia, numa dessas sociais Breno e seus amigos resolveram fazer uma zueira com o entregador de pizza. Breno pediu aos amigos que tirassem suas roupas, mas sem intuito homossexual, pois estavam somente entre homens, e ele queria deixar claro que era somente uma brincadeira. Deviam recordar os tempos de saunas filosóficas da Antiga Grécia, conversando sobre ideias, política e filosofando. Todos nús. Queriam saber qual seria a reação do pobre homem.
E assim sucedeu que os dez amigos pediram as pizzas e esperaram pelados pela entrega. O motoboy chegou e apertou a campainha e foi recebido por um grupo de homens nús. Gordos, pelados, peludos, magrelos, pretos, brancos, feios e mais feios ainda; todos conversavam naturalmente entre si. Conversas sérias, inteligentes, profundas. Falavam sobre porque que o socialismo era melhor que o neoliberalismo, sobre ecologia, sobre Platão, Aristóteles, sobre a teoria dos antigos astronautas, sobre física, sobre teletransportagem. Fumavam charutos e bebiam uísque. O entregador não sabia o que fazer, não sabia o que pensar daquilo. Seria uma orgia entre homens? Uma seita? Um hospício pra doidos? Estava mais para terceira opção; porém como ele não sabia, depois de receber o dinheiro, mais que depressa largou as pizzas ali e se mandou. Eu que não quero ser a mulher do padre, pensou ele.
Foi a satisfação do grupo, que depois de vestirem suas calças voltaram ao seu convívio cotidiano.

quarta-feira, 8 de abril de 2015

Ensinando história e política para um capitalista - segunda parte

Osmar conta essa história.
"Professor reprova a turma inteira. Um professor de economia em uma universidade americana disse que nunca havia reprovado um só aluno, até que certa vez reprovou uma classe inteira.
Essa classe em particular havia insistido que o socialismo realmente funcionava: com um governo assistencialista intermediando a riqueza
 ninguém seria pobre e ninguém seria rico, tudo seria igualitário e justo.
 O professor então disse, "Ok, vamos fazer um experimento socialista nesta classe. Ao invés de dinheiro, usaremos suas notas nas provas."
 Todas as notas seriam concedidas com base na média da classe, e portanto seriam 'justas'. Todos receberão as mesmas notas, o que significa que em teoria, ninguém será reprovado, assim como também ninguém receberá um "A".
 Após calculada a média da primeira prova todos receberam "B". Quem estudou com dedicação ficou indignado, mas os alunos que não se esforçaram ficaram muito felizes com o resultado.
 Quando a segunda prova foi aplicada, os preguiçosos estudaram ainda menos - eles esperavam tirar notas boas de qualquer forma. Já aqueles que tinham estudado bastante no início resolveram que eles também se aproveitariam do trem da alegria das notas. Como resultado, a segunda média das provas foi "D". Ninguém gostou.
 Depois da terceira prova, a média geral foi um "F". As notas não voltaram a patamares mais altos mas, as desavenças entre os alunos, a busca por culpados e palavrões passaram a fazer parte da atmosfera das aulas daquela classe. A busca por 'justiça' dos alunos tinha sido a principal causa das reclamações, inimizades e senso de injustiça que passaram a fazer parte daquela turma. No final das contas, ninguém queria mais estudar para beneficiar o resto da sala. Portanto, todos os alunos repetiram aquela disciplina... Para sua total surpresa.
 O professor explicou: "O experimento socialista falhou porque quando a recompensa é grande o esforço pelo sucesso individual é grande". Mas quando o governo elimina todas as recompensas ao tirar coisas dos outros para dar aos que não batalharam por elas, então ninguém mais vai tentar ou querer fazer seu melhor. Tão simples quanto o exemplo de Cuba, Coréia do Norte, Venezuela. E o Brasil e a Argentina, que estão chegando lá.."
 1. Você não pode levar o mais pobre à prosperidade apenas tirando a prosperidade do mais rico;
 2. Para cada um recebendo sem ter que trabalhar, há uma pessoa trabalhando sem receber;
 3. O governo não consegue dar nada a ninguém sem que tenha tomado de outra pessoa;
 4. Ao contrário do conhecimento, é impossível multiplicar a riqueza tentando dividi-la;
 5. Quando metade da população entende a ideia de que não precisa trabalhar, pois a outra metade da população irá sustentá-la, e quando esta outra metade entende que não vale mais a pena trabalhar para sustentar a primeira metade, chegamos ao começo do fim de uma nação.
 É o mais puro retrato do Brasil que vivemos.
 Muito bom! A cara do Brasil"

Arthur: Eu acredito que para se alcançar a igualdade e o comunismo é preciso uma reeducação de toda a população mundial, onde as pessoas se acostumassem a serem menos diferentes aos poucos, passando essa evolução de geração a geração. Não é da noite pro dia que se constrói um socialismo de verdade. Se o próximo governo fosse mais socialista, e assim sucessivamente, em poucas gerações já viríamos a diferença em nosso convívio social e na felicidade das pessoas. O socialismo é amor ao próximo, é respeito pelo outro, é humildade. Por isso é uma ideologia. Enquanto as pessoas não mudarem, o sistema não vai mudar.
Osmar: Isso so sera possivel no ceu! Se é que voce ainda acredita nisso! Isso é impossivel aqui nessa terra, onde nós vivemos! So Deus que pode impor isso que voce fala!
Arthur: Não podemos pensar assim, temos que nos esforçar para tornar nosso mundo, nossa vida mais justa e amorosa. O que vem depois da morte, é um mistério. Um grande problema nosso é que ja nascemos no capitalismo e no acostumamos com essa ganância, com a exploração do outro, com a divisão de classe rica e pobre. Herdamos valores que podemos e devemos questionar. O paraíso pode ser aqui.
Osmar: Impossivél! Este mundo e contaminado pelo Pecado! O Mal predomina aqui! Só Deus vai acabar com isso! Agora depois que Deus intervir aqui nesse mundo! Aí sim poderemos ter o socialismo que voce tanto fala! É impossível socialismo feito pela mao do homem. Só Deus pode faze-lo! Essa é a realidade.
Leandro: Ozelito esse experimento é como a banana sendo prova da existência de Deus. Só cola em senso comum.
Note que durante um experimento o personagem pode influenciar no resultado para validar algo de seu interesse.
O experimento verificou que pessoas treinadas para agir como lobos vão agir como lobo mesmo que lhe ofereça viver em uma colmeia como abelhas.
Assim é preciso um processo de aprendizado, reeducação e obviamente interesse.
Você também pode analisar da seguinte forma: vc tem uma ideia de algo. Como uma lâmpada, que ao passar energia ela gera luz . Certo... então vc faz experimentos combinando elementos. O Thomas Edson fez mais de 1000 tentativas até refinar a técnica e obter algo que hoje é trivial.
Não espere que um experimento meia boca desse feito por um descrente vai achar a combinação certa dos elementos para que a lâmpada brilhe por longos anos.
Dizer que nunca deu certo não torna algo impossível. Imagina quantos milhares de gametas(espermatozoides) voltaram dizendo que não deu certo mas vc foi lá e mostrou que era. Seja mais positivo.
Lhe falta uma percepção além do senso comum. Talvez um pouco de filosofia(teoria mesmo) ajude a melhor compreender o mundo.
Mas o fato é que esse experimento não prova o que vc acha que prova.
Boa sorte.

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Osmar mostra uma foto. "Venezuelanos choram por ver seu país dominado e destruído pela ditadura bolivariana de Nicolás Maduro" (Foto  de uma jovem loira pintada com cores da bandeira da Venezuela em forma de choro)
Arthur: Não sei não. Amigos meus que foram pra Venezuela disseram q a maioria apoia o governo.
Osmar: Vai lá! E tire suas duvidas!
João: Classe média alta europeizada indignada!
Roberto: Que cara do povo indígena venezuelano chorando. Repare a acara de sofrida. Mas bom, eu já fui pra Venezuela e duas vezes pra cuba do incrível ditador Fidel Castro, facínora sanguinário. Saí ileso, mas eles me pediam papel higiênico, porque no regime castro todo mundo eh escravo do barbudo. Poo Osmar, falta um pouco de vontade de fazer uma reflexão critica né?
Osmar: Faz assim! Manda o Arthur pra lá! Kkkkk. Quero ver se ele aguenta 6 meses! Mas pra que papel higiênico? La o povo ja é acostumado! Papel Higiênico é luxo! Kkkkkkk Agora o barbudo só usa o de folha dupla! Só bebe uísque do bom! E os bilhões de dólares dele, que estão depositado em Bancos Suíços! Fidel é um dos homens mais ricos do planeta!
Roberto: E a preguiça continua.
Leandro: esse brinco é de ouro?

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Osmar mostra foto de uma das ruas de Havana, Cuba. Com aparência de reforma. Parte antiga da cidade.
Osmar: Olha ai! O que e socialismo! Kkkkkkkk
Arthur: O complexo do alemão, no Rio de Janeiro é bem melhor que isso, né?

Ensinando história e política para um capitalista

"Se é vontade do povo brasileiro eu promoverei a Abertura Política no Brasil.
Mas chegará um tempo que o povo sentirá saudade do Regime Militar. Pois muitos desses que lieram o fim do Regime não estão visando o bem do povo, mas sim seus próprios interesses". (Ernesto Geisel)
Arthur: E os militares brasileiros visam os interesses dos EUA.
Osmar: E os que estão no governo, o bem estar de Cuba! País anti-democrático e ditatorial! Esse é bom, né? Coréia do Norte, acho que você vai gostar também, né? Kkkkkkkkkkkkkkkkkk
Arthur: Não posso opinar sobre esses dois países pois eu não conheço eles pessoalmente e não confio nas grandes mídias como referência, para criar uma opinião. Já ouvi algumas pessoas conhecidas minhas falarem bem de Cuba. Um dia pretendo conhecer.
Como já disse, eu acredito em um socialismo democrático, onde o povo seja ouvido e respeitado. Muitos dos males da sociedade tem sua origem no capitalismo.
Osmar :Duvido você ficar um mês em Cuba! É lamentável você não confiar nos meios de comunicação. Hoje não precisamos estar pessoalmente no local, para fazer-mos uma avaliação do país? Cuba é o símbolo do atraso mundial, é o atraso em tudo que você possa imaginar! Aproveite, vá lá e fique uns 6 meses! Kkkkk. Será que consegue ficar? Socialismo é o símbolo do atraso, veja a União Soviética! Que não resistiu ao Socialismo! A Polônia também! A Alemanha Oriental, que acabou se juntando a Alemanha Capitalista?
Arthur: As grandes mídias são propriedades daquele 0,5% da população mundial que detém 90% da riqueza do planeta. Você acha que eles não utilizam esses veículos de comunicação para favorecer seus interesses de concentração de renda? Porque será que a Rede Globo apoiou o golpe militar de 1964? Ela ja reconheceu isso e pediu desculpas (hipocritamente). Não se engane, a conjuntura atual da política brasileira, assim como no resto do mundo é da luta de classes. Pobres x Ricos.
E com relação à União Soviética, infelizmente não pude conhecer e vivenciar pessoalmente a vida por lá. Se eu pudesse, também iria pra Russia naquela época, conhecer o regime. Tem o pai de um amigo meu que viveu lá naquela época e estudou engenharia e recorda com saudosismo aquela época. Se não deu certo, foi graças à essa "caça aos comunistas", que gorando a imlantação do Socialismo no mundo, levou a uma batalha insana e desvirtuou o verdadeiro sentido, que é da boa convivência entre os seres humanos, sem ninguém explorar ninguém.

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Blogueira Yoani Sanchez, sobre médicos cubanos:
"A medicina cubana é uma das mais atrasadas do mundo. A maioria dos seus profissionais se formam sem nunca ter visto um aparelho de ultrassom, sem ouvir falar em stent coronário e sem poder se atualizar pela internet."
E disse mais:
"Quando um cubano vai a um hospital, leva um presente para o médico, para que o atendam bem e rápido. Leva também desinfetante, agulha, algodão, linha para as suturas".
Arthur: Fazer o que se o país é pobre? Talvez se não houvessem tantas sanções para Cuba ela teria melhores condições.
Mas já ouvi opiniões que a Medicina de lá é muito boa. Eles sabem se virar nas condições precárias. Situações com as quais a gente convive no Brasil também, em certas regiões.
Leandro: As considerações delas são validas. Mas precisamos lembrar de que o pais capitalista que supostamente defende a liberdade e a livre concorrência EUA faz um bloqueio impedindo a chegada de tecnologias que só chegam em cuba por via de contrabando.
O mesmo pais os EUA faz isso com o Brasil no que diz respeito a tecnologias de ponta como energia nuclear e programa aeroespacial dentre outros.
Assim temos a evidência de como o sistema capitalista é perverso e predatório.
Longe de min defender o modelo cubano. Mas quero levantar que quem promoveu o isolamento geográfico foi um pais capitalista que é extremamente predatório, mas que se passa de bom moço na história. Invade ou isola países e por onde passa deixa destruição e caos. Vemos o Iraque e Afeganistão destruídos. Cuba estrangulada bem como outros povos.
E o Brasil. Ainda sonhando com o lançamento de um foguete próprio, de seu submarino nuclear e viagens para Disney.
Osmar: Os EUA faz isso,com todos os paises que sao comandados por Ditadores! Ex. Vietenan do Norte, Cuba, agora a Venezuela. Isso é até uma forma de pressionar para que esses Paises se tornem democráticos. Aconteçe que esses Ditadores, principalmente na America do Sul, que começou com o Hugo Chaves, sao a liberdade e a democracia! Esses governantes da Venezuela, Equador, Bolivia, Argentina, Uruguai, estao com essa ideia de Socialismo Bolivariano! Veja a Venezuela! Esse país so vem retrocedendo! A liberdade da imprensa ja acabou. A liberdade de expressao esta acabando! A inflaçao esta batendo recorde! Os produtos basicos ja nao existem mais a vontade nos mercados! Tem cota pra tudo! Tem familia que so pode comprar um pacote de arroz por mes! Produto basico, como papel higienico, esta em falta no mercado! Isso e, o Governo querendo controlar tudo. Infelizmente isso so vem retrocedendo. O Brasil tambem corre esse risco! Esse Governo que ai esta, vem ameaçando controlar a midia! A vantagem é que nós Brasileiros estamos reagindo! E temos que reagir mesmo! Se não corremos o risco de nos tornarmos uma Venezuela! Lógico, precisamos melhorar muitas coisas, mas o principal é eliminarmos essa corrupçao, que assola nosso país! E temos que ir às ruas para exigirmos isso! Quer ver o que temos que mudar ja? A escolha de Ministros do STF, STJ e TRIBUNAL DE CONTAS! Isso tem que mudar urgentemente! A presidente é quem escolhe o Ministro,que vai julgar os atos dela e as contas dela! Isso é um absurdo! Esses ministros dessas cortes devem vir das justiças de primeira instancia, que sao juizes concursados,que nao tem rabo preso com ninguem! Ex. Sergio Moro! É só termos uma justiça independente que ja vai melhorar muito nosso país.
Arthur: Eu não confio nos EUA e não sou ingênuo ao ponto de achar que essas guerras todas que eles fazem pelo mundo afora, contra países pobres, são para ajudar a construir a democracia. Eles só pensam em lucro e em como continuar a ser â maior potencia mundial. Um bom exemplo foi a ALCA (Área de livre comércio das Américas), que excluiu Cuba e ia beneficiar muito mais os EUA que os demais países da América. Tanto que o projeto foi engaveto em 2005. Essa é a política internacional dos EUA.
Concordo contigo no quesito dos cargos indicados, precisamos ter concursos para cargos do sistema judiciário. E uma reforma política séria.
Leandro: Osmar, do jeito q vc fala... já to achando que os EUA é o amigo do planeta. kkk
Porque vc não fala um pouco como é o sistema de saúde do maravilhoso EUA? Deve ser porreta. Conte-me mais sobre o pais de São Saruê.
Osmar: Melhor que Venezuela, Bolivia, Equador e Argentina! Logico que é, com certeza! Logico que é muito melhor que esse SUS! Que as pessoas chamam de SEU ULTIMO SUSPIRO! Kkkkkkk! Agora se tem alguma duvida, faça um experiencia! Fique um ano na VENEZUELA, um ano na BOLIVIA, um ano em CUBA, e um ano nos EUA, e depois tire suas conclusoes! So isso! Leve junto o Arthur! Kkkkkkkk
Arthur: Eu já fui pros EUA e não gostei. Tanto que não quis ficar lá. América Latina é muito mais coração.
Osmar: Então sugiro voce ir para Cuba,e ficar la pelo menos 6 meses, depois voce vai para a Venezuela e fica la também 6 Meses! Depois voce me fala! Ok? kkkkkkkkkk
Leandro: Disseram que Obama tava adotando o modelo do SUS nos EUA e a galera taxando ele de comunista.
Até o jornal O globo tá falando "bem" dos EUA.

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5

Osmar: Lembra daquele país socialista que deu certo?
Não? Pois é, nem eu.
Arthur: Isso é um motivo a mais pra criarmos um que dê certo.
E que seja um socialismo de verdade
Osmar: Não existe! E nunca existirá! kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk Só no sonho seu!
Arthur: "Sonho que se sonha só, é só um sonho que se sonha só. Mas sonho que se sonha junto é realidade."
Roberto: "Lembra aquele pais capitalista que deu certo por seus meritos? Nao, nem eu." A america latina, a africa, e ate paises do leste europeu sabem bem disso.
Osmar: Perfeiçao em 100%, realmente nao existe! Mas é muito melhor do que esses Socialismos ditadoriais,como Cuba, Venezuela, Coreia do Norte!
Roberto: Nao é perfeicao ao 100% nao, eh o minimo, onde voce viu dar certo o capitalismo? Na alemanha? na Suica? Só porque a periferia deles nao fica na mesmo pais, nao quer dizer que ela nao existe. Para sustentar todas aquelas riquezas, so com muita periferia, é so com um pais vendendo toda a sua materia prima, com muito trabalho " escravo".
Eu ate acho que Cuba e a Coreia do Norte tem muito de ditatorial, só não acho que não seja igual ou pior em todos os países capitalistas.
Osmar: Lembra daquele país, Socialista que deu certo, a União Soviética! Resultado! Quebrou! Resultado! Hoje e Capitalista! O que quis dizer é que o capitalismo também tem seus defeitos! Mas é o que predomina no Mundo.
Leandro: Claro.. claro. Nada como varrer a sujeira para debaixo do tapete e chamar de 3° mundo.
Arthur: Pra mim, o pior é ver que existem pessoas comuns que apoiam a ideia da concentração de renda. E eles não fazem parte daqueles 0,5% da população mundial que se intitulam "iluminados" e que detém 90% da riqueza do mundo. Isso é um tiro no pé, ou é gostar de ser comedor de migalhas. Temos que questionar, enfrentar, boicotar esse sistema que beneficia muito poucas pessoas.
Leandro: Imagina ai a quantidade de papel higiênico pra limpar a bunda de cada capitalista no mundo. Vamos fazer as contas?
Nada contra o capitalismo. Só uma coisa: não funciona pra todos. A matemática da terra prometida não funciona. Hora se não funciona que tal rever o seu conceito de bem sucedido?
Esse seu modelo é uma furada to achando q você gosta de trabalhar pra dar dinheiro aos bancos. Escravo ingênuo. Tá achando que 50 chibatadas é justo.
Ou você é defensor da sociedade de castas ou você é muito sem noção mesmo.
To achando que o Osmar é masoquista. kkk
"Bate, bate capital! Vai que eu gosto de trabalhar pagar juros compostos. Adoro trabalhar para milionário ficar mais rico". kkk

continua...

Ensinando história e política para um simpático do regime militar

Arthur: Passeata pelo impeachment de Dilma Roussef: Eu não vou, porque eu estudei história.
Osmar mostra uma foto sua na passeata.
Arthur: Não creio! hahaha
Osmar: E sei Historia, mais que você! Kkkkkkkkkkk
Arthur: E que acha das torturas da ditadura? Da censura? Se estivéssemos em uma ditadura, todos vocês seriam presos e torturados por um ato desse, contra o governo
Osmar: Nossa manifestação é pacífica, ordeira! Não tem quebra quebra! Todos de amarelo e verde, na cor da Bandeira! Outro detalhe, cantamos o hino nacional! Isso sim é cidadania, e civilidade! Com relação a ditadura, eles foram bonzinhos! Eles tinha que ter exterminado todos esses Bandidos! Como por exemplo: José Dirceu, José Genuíno, Lula, Dilma Roussef! Conhece essa? Essa bandida assaltante de bancos, terrorista! Os militares foram muito bonzinhos! Deveriam ter exterminados esses bandidos! Que assaltam todos dias a Nação Brasileira!
 Arthur: Não tem essa, manifestação contra o governo era cacete na certa. Precisamos é melhorar nossa democracia. Temos participação quase zero no governo do país, não podemos retroceder, temos que avançar nesse sentido.
Osmar: Na época, nem tinha nada para reclamar! A Saúde funcionava! Nós dormíamos de porta aberta! Não tinha assalto, nem violência, como é hoje! Corrupção também, quase que não existia! Censura, não nos importava! Hoje você vê a pornografia estampada por aí, de dia e de noite! Pornografia musical, se toca nas rádios, e na televisão, quase em todos os programas! A viadagem rola pra todo lado! Ah! você que vem de berço cristão, vou dizer uma coisa! Já estamos perdendo pra SODOMA e GOMORRA, e bem de longe! Só a misericórdia de Deus pra nos salvar! Ok?
Arthur: Você sabia que quem apoiou e fez o Golpe Militar de 1964 funcionar no Brasil, foi o governo dos EUA? Já está provado isso. Eles tinham medo de perder o Brasil pro Socialismo. Ocorriam revoluções na América do Sul. Mas você acha que eles queriam ajudar simplesmente porque são bonzinhos? Eles queriam e nos querem como consumidores de seus produtos industrializados, de suas armas. E querem comprar o que é "barato". Querem nos manter abaixo deles sempre. Não gosto de pensar que os EUA querem voltar a ter o domínio total sobre o Brasil. Já vejo nossa água sendo privatizada, e privatizada pras indústrias deles.
Osmar: Você acha que Cuba é a solução! Socialismo não funciona em nenhum lugar do mundo! O socialismo é símbolo do atraso! Socialismo ditatorial, igual Cuba, Coréia do Norte! Você está doido! Isso é um atraso.
Arthur: Eu acredito em outro modelo de socialismo. Um socialismo democrático, adaptado à realidade do Brasil. Pode ser até utopia, mas eu acredito que vale se esforçar pra chegar pelo menos perto do que seria um socialismo democrático.
Ah, e eu não sou Petista

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Osmar mostra um vídeo estrangeiro fazendo piada com a corrupção brasileira e com a reação patética do povo.
Arthur: Eu acho que a situação esta ruim, mas me preocupo que se aproveitando dessa crise política, o regime militar volte a reprimir as pessoas. Sou contra qualquer forma de ditadura.
Osmar: Uai! Você quer o que? Os governantes só querem roubar!
Arthur: Os militares deviam roubar pra caramba, só que não havia investigação sobre eles. Eles eram blindados, estavam no comando. Não podia haver questionamento, pois a pessoa podia desaparecer.
Osmar: Você está por fora! Todos Presidentes Militares morreram pobres.
Arthur: Eu duvido. E outra, houve crise econômica durante a ditadura
Osmar: Crise tem no mundo todo! No período militar houve sim, crise no mundo!

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"Se é vontade do povo brasileiro eu promoverei a Abertura Política no Brasil.
Mas chegará um tempo que o povo sentirá saudade do Regime Militar. Pois muitos desses que lideram o fim do Regime não estão visando o bem do povo, mas sim seus próprios interesses". (Ernesto Geisel)
Arthur: E os militares brasileiros visam os interesses dos EUA.

continua...

segunda-feira, 30 de março de 2015

A canalhice

Marcelo e Ricardo eram bons amigos, se conheceram na universidade. Ambos estudavam ciências humanas, tentavam desvendar os grandes enigmas da humanidade. Passaram-se anos de universidade, muitas tardes e noites no bar, festas e mulheres. Marcelo era atrevido, bom de oratória, desenrolava bem as palavras e conseguia ganhar muitos no papo. Ele ja vinha de uma família politizada, comunista, e ja sabia quase de cor toda a história do comunismo, e se fazia de tipo revolucionário. Só se fosse de escritório. Ricardo já não possuía a melhor das oratórias, mas as mulheres se apaixonavam pelo seu estilo "velho de buteco", usando barba e sempre vestindo shorts, camisa social de manga curta, chinelo e pochete. Ele despertava o mesmo que um cachorro de rua com seus pêlos enredados e cara de perdido desperta nas meninas. Era sucesso garantido. Enfim, Marcelo se esforçava ao máximo pelas mulheres e Ricardo só deixava estar.
Saíram muitas vezes juntos, chegaram a morar na mesma casa, tocar na mesma banda, compor juntos e partilhavam de muitos dos mesmos amigos. Reuniam-se com frequência, e mantinham piadas sobre cada integrante do grupo. Piadas relacionadas à histórias particulares de cada um ali, que só quem pertencia àquele grupo seleto sabia. Não havia segredos entre eles.
Os dois amigos eram grandes companheiros de copo. Bebiam quase todos os dias, e terminavam sendo sempre os últimos a saírem das festas ou do bar. Muitas vezes terminavam caindo por aí, ou dormindo em algum sofá de boca aberta.
Certo dia houve uma festa muito boa, em alguma balada da cidade. Os dois amigos, acompanhados de outros comparsas beberam muito e se divertiram ao extremo. Depois da balada, partiram para um pós-festa na casa do Marcelo, onde beberam mais, conversaram e dançaram. Ricardo estava já beijando uma das meninas que acompanhavam o grupo e Marcelo, apesar de seu empenho, não conseguiu pescar nenhuma. O grande problema foi que Ricardo, no alto de sua bebedeira, apesar de anos de experiência no ramo, não aguentou e adormeceu na hora do sexo. A garota, decepcionada, sai do quarto e vai no banheiro para se preparar para dormir, qual não é sua surpresa ao encontrar quem no corredor? Marcelo, que estava quase espumando pela boca de vontade de trepar, e àquela altura, nada restou à sua pouca ética que lhe custava manter. Partiu pra cima da moça com a maior conversa fiada que existe, mas que devido à conjuntura dos fatos acabou dando certo, e ele passou a vara na mulher do amigo, sem dó nem piedade. Fez miséria com a mulher que à pouco se deitava com seu amigo. E pra confirmar seu ato canalha fez tudo isso em cima do corpo alcoolizado do coitado, inclusive apoiando sua mão naquele ombro amigo, que muitas vezes o acalentou.  Enquanto isso Ricardo sonhava o sonho dos anjos, tranquilo, confiando.
No dia seguinte veio a bomba. Ricardo sabendo de tudo, pela boca do próprio Marcelo, e percebendo que de nada adiantaria apelar à consciência de seu amigo degenerado, resolveu ligar para o pai dele, com quem tinha liberdade para uma conversa franca. Depois de contar o ocorrido, perguntou se essa era a educação que ele havia dado para o Marcelo, e cobrou-lhe uma postura. Ricardo estava possesso. E o pai de Marcelo riu. O velho também é degenerado, pensou ele.
E a menina? Estava totalmente envergonhada, e chegou até a chorar naquela manhã, depois de ter participado da canalhice.
Marcelo não gostou da fama de degenerado que ganhou.

domingo, 29 de março de 2015

Wicca, a Religião da Deusa - fichamento crítico


O autor Claudiney Prieto vêm através de sua obra, apresentar a Wicca brasileira, como se organiza, quais seus princípios, fala de alguns símbolos usados, utensílios, ervas. Ele dá uma introdução sobre os Sabbats, à magia, assim como à história do paganismo.
"A palavra Wicca vem do inglês arcaico wicce ou do saxão wich que significa 'girar, dobrar ou moldar'."
"A Wicca é o reavivamento da antiga religião dos homens primitivos, baseada na natureza e em seus ciclos."
"Seguramente, os paleoeuropeus acreditavam que o poder criador universal era feminino e adoravam as forças da natureza como forma de estabelecer um contato com o Divino."
Na religião ancestral a Deusa e o Deus era a Lua e o Sol.
"Por um lado, a Wicca é Monoteísta, pois está baseada na convicção de uma fonte de energia única em todo o universo. Quer dizer, há um conceito de uma Deidade principal, a Deusa, embora seja polarizada com uma Deidade masculina, o Deus Cornífero. Nem todos os Wiccanianos, é necessário acrescentar, acreditam em uma fonte única de toda a vida."
"A Bruxaria orienta que os poderes mágicos são latentes a todas as pessoas. Porém, devido ao nosso modo de vida, esses poderes se atrofiaram. O que a Bruxaria faz é desenvolver e ampliar estas forças, assim como ensinar e auxiliar a providenciar uma atmosfera propícia na qual elas possam se manifestar."
"Desde meados de 1231, os Bruxos foram perseguidos e transformados em 'adoradors do Diabo', coisa totalmente incorreta, pois Bruxos nunca o cultuaram já que nem acreditam nele."
"Bruxos não reunciam formalmente o Deus Cristao, apenas acreditam em outros aspectos divinos."
"Imanência, um dos princípios vitais da Wicca, é o conceito de interligação e a conexão existente entre todas as coisas."
"A Imanência nos lembra de que aquilo que afeta um ser afeta todos os seres. Por isso, um desequilíbrio ecológico, social ou espiritual vivido isoladamente não é necessariamente isolado e atinge o mundo em sua totalidade."
"Nós, Pagãos, acreditamos que a volta da ligação com a natureza é o único caminho para uma vida harmônica e equilibrada, por isso todos os ritos sagrados da Bruxaria estão centrados nas Estações do Ano e nas fases lunares."
"Nos tempos primitivos, nossos rituais eram celebrados em locais selvagens,no meio das florestas, bosques e grutas, pois era na natureza intocada que as forças das Divindades estavam concentradas."
"Respeitar o corpo da Deusa (a Terra) é um dos princípios vitais de nossa religião, bem como respeitar todos os seres dos reinos animal, vegetal e mineral."
"'O Dogma da Arte' é um principio moral simples e benevolente: Faça o que quiser, desde que não faça mal a nada nem a ninguém."
"Lei tríplice: Tudo aquilo que é feito para o bem ou para o mal retorna triplicado para nossa vida e nesta encarnação."
"A adoração à Deusa foi a primeira religião estabelecida pelos seres humanos."
"Nas práticas Pagãs, a Deusa possui três aspectos distintos.  A Triplicidade da Deusa é muito anterior ao cristianismo e não é dificil que seja ela quem deu origem ao pensamento da Trindade Cristã. Porém, na Wicca, a Triplicidade se refere a três estados distintos da mesma divindade."
"Suas três faces são a Virgem ou a Donzela, a Mãe e a Anciã."
"A Donzela representa os impulsos, os começos e está relacionada à Lua Crescente. A Mãe é a doadora da vida, a grande nutridora e está associada à Lua Cheia. A Anciã é a detentora da sabedoria, a grande conhecedora e transformadora e esta associada à Lua Minguante."
"Os três princípios da religião da Deusa são: a imanência, a interconexão e a comunidade.
A Imanência é a Natureza, a cultura, a vida. A Interconexão é a nosso união ao Cosmo. Comunidade é o Amor.
O Athame é um punhal utilizado nos rituais que possui dois gumes. O Athame deve se ajustar bem à sua mão de poder, que é a mão que você ecreve. A lâmina do athame deve possuir a mesma medida que vai do pulso da sua mão de poder até o dedo médio.
o Bolline é outra faca, "que possui o cabo branco, às vezes, é usada pra colher ervas ou esculpir símbolos em amuletos, talismãs e velas".
"O Bastão representa, para a maioria das Tradições, o elemento Fogo, e é posicionado no ponto cardeal Sul."
"O Bastão pode ser usado para lançar um Círculo ou direcionar as energias na realização de feitiços e encantamentos."
As melhores madeiras para a confecção do Bastão são: a macieira, o loureiro, o freixo, o teixo, o carvalho, a goiabeira, a figueira ou salgueiro.
"O Cálice ou Taça é utilizado no Altar para representar o princípio Feminino da Água e fica no ponto cardeal Oeste."
 Muitas vezes são postos dois Cálices sobre o Altar, um para água e outro para vinho.
 O chamado "Grande Rito" é a união do princípio feminino (Deusa) e masculino (Deus), do qual surge toda Vida.
"O Pentáculo é normalmente um disco, um prato de metal ou madeira com a figura de Pentagrama dentro de um círculo."
O Pentáculo "é utilizado para consagrar ervas e para carregar magicamente um talismã, ou qualquer instrumento que precise de uma dose de energia extra".
O Caldeirão deve ter três pés. Ele representa o ventre da Deusa Mãe, do qual surgem e surgirão todas as coisas.
"Em tempos modernos e urbanos, pular sobre um caldeirão em chamas substitui o tradicional 'pulo da fogueira'."
O Livro das Sombras, do inglês "Book of Shadows", faz parte do arsenal de todo Bruxo. É o livro onde anotamos os nomes de Bruxos que conhecemos e onde e em que circunstância se deu o encontro.
"O Livro das Sombras é como um Diário Mágico, onde você registrará os seus sonhos e os possíveis significados desses, os seus rituais e resultados, etc."
É comum uma nova casa ser consagrada com a Vassoura.
"A vassoura é um símbolo feminino de poder."
"Os galhos de plantas mais utilizados na confecção são: o manjericão, a árvore símbolo da Deusa; a bétula, que representa o nascimento, renascimento e é uma erva ótima para proteção; o teixo, a árvore da morte e da reencarnação; a artemísia, pois afasta a negatividade, além de ser uma das ervas sagradas da Deusa; o sabugueiro, planta relacionada à Lua e à Deusa."
Algumas Tradições praticam seus rituais "Vestidos de Céu", ou seja, nus.
Altar. Lado esquerdo representa as energias femininas, e ali deve ficar a vela preta que representa a Deusa.
O lado direito representa as energias masculinas, ali deve ficar a vela branca para representar o Deus.
"Traçar um Círculo Mágico precede qualquer ritual Wiccaniano."
"...ele é traçado quando percorremos a área ritual por três vezes consecutivas, com nosso Athame ou Bastão."
Ninguém entra nem sai do Círculo, até que ele seja destraçado. Se alguém ultrapassa o perímetro do Círculo, dizemos que ele foi arrombado, e então deve ser traçado de novo.
Existem oito datas por ano em que se celebram os ciclos da natureza, eles são chamados Sabbats.
"...para nós, Pagãos, o resgate da observação das mudanças sazonais é vital, pois mudanças na natureza representam mudanças em nossas próprias vidas, já que somos parte da natureza também."
"O poder de magia pode ser sentido no ar, nessa noite. O Outromundo se coaduna com o nosso, conforme a luz do Sol baixa e o crepúsculo chega. Os espíritos daqueles que já partiram para o outro plano são mais acessíveisdurante a noite de Samhain."
"Aqueles que morreram no ano passado e aqueles que estão reencarnando passam através dos véus e portais nesse dia. Os portões das Sidhe estão abertos e nem humanos nem fadas precisam de senhas para entrar e sair."
"É tradicional, também, deixar um lugar à mesa para os ancestrais e lhes servir pratos como se eles estivessem presentes à ceia."
"E deixar uma vela acesa na janela da casa para ajudar a guiar os espíritos ao longo de sua caminhada ao nosso mundo, para que possam encontrar o caminho de volta."
"... a prática mais famosa do Samhain é o Jack O´Lantern (máscaras de abóboras), que sobrevive até hoje nas modernas celebrações do Halloween."
"As sombras provocadas pela face esculpida na abóbora tinham a virtude de afastar os maus espíritos e todos os seres do outro mundo que vinham para perturbar. Máscaras de abóboras também eram colocadas nos batentes das janelas e em frente à porta de entrada para proteger toda a casa."
As folhas de louro são postas no fogo para ajudar a atrair coisas boas que você venha mentalizar.
"Trançar uma Corda de Bruxa (Witch´s Cord) é um ato tradicional na noite do Samhain."
O ato de trançar a Corda de Bruxa é uma representação simbólica do cordão umbilical.
"... costure ou cole alguns símbolos no decorrer da corda que representem o seu objetivo."
"Finalmente em 320 DEC, a Igreja Católica decidiu marcar o nascimento de Cristo em dezembro, para absorver o culto sagrado do Solstício de Inverno dos celtas e saxões."
Muitos "bebês divinos" nasceram no solstício de inverno. e Mitra é citado como um exemplo.
A Árvore de Natal é um grande símbolo da bruxaria, com suas bolas coloridas representando falicamente o Deus, e com o pentagrama, símbolo da bruxaria, em seu topo.
As bagas brancas do visco representam o Divino sêmen do Deus, já as bagas vermelhas do azevinho, o sangue menstrual da Deusa.
"As cores tradicionais do Natal, verde e vermelho, também são de origem Pagã, já que esse é um Sabbat que celebra o fogo (vermelho) e usa uma Tora de Yule (verde)."
Toca-se sinos em homenagem as fadas.
No Ritual de Yule usa-se vela vermelha para honra dos espíritos do fogo, a verde para os espíritos da natureza, a branca para o espírito do inverno.
Os remorsos e culpas são sentimentos relacionados ao Inverno.
A vassoura mágica deve ser feita de ramos de salgueiro.
"A primeira e mais preservada Tradição Pagã de Ostara é a pintura e decoração dos ovos. Se realmente analisarmos com cautela, por que os Cristãos têm o costume de se presentearem com ovos na Páscoa? A resposta é simples, não acha?"
"É uma tradição também esconder os ovos, e achá-los simboliza que a pessoa alcançará suas metas."
"... o coelho é um dos maiores símbolos de fertilidade da Deusa..."
O Mastro de Beltane simboliza o falo do Deus, e ele ornado com uma coroa de flores que simboliza a vulva da Deusa, e fitas multicoloridas."
"Na Europa Antiga, as pessoas celebravam Beltane unindo-se sexualmente entre os bosques."
"Lavar a face no orvalho da manhã de Beltane. Segundo as Tradições deste Sabbat, isso traz beleza para quem o faz."
"Use tiras nas cores: laranja para prosperidade, rosa para amor, verde para abundância, amarelo para cura, vermelho para proteção, preto para afastar o mal."
As guirlandas masculinas são feitas com flores multicoloridas e as dos homens com folhagens verdes.
"Uma característica comum dos jogos eram os casamentos de Tailtu, os casamentos informais que eram firmados por um ano e um dia ou até o próximo Lammas. Durante esse período, o casal decidiria se queria ficar junto ou romper com o casamento para que cada um seguisse o seu próprio caminho. Esses casamentos foram comuns até os anos de 1500 e as cerimônias eram geralmente solenizadas por um poeta, um bardo ou um Sacerdote ou Sacerdotisa da Antiga Religião."
Andar pela natureza para agradecer a generosidade da Deusa era uma das atividades na época de Mabon.
"Os padrões pessoais de um Bruxo para guiar a sua vida mágica são:
- O respeito ao Dogma da Arte:'faça o que quiser sem prejudicar a nada nem ninguém'.
- Se você sabe que o Dogma da Arte está sendo quebrado, trabalhe fortemente paraque isso não aconteça.
- Assista, escute, e não julgue; em debate, deixe seu silêncio ser longo, dessa forma seus pensamentos irão clarear e suas palavras serão escolhidas cuidadosamente.
- Nunca ostente ou ameace qualquer um.
- Se você tiver uma tarefa, trabalhe duramente e bem para realizá-la corretamente e em tempo. Sempre faça o melhor que puder.
- Bruxos sabem que não há verdade absoluta
- Bruxos acreditam que o universo consiste em equilíbrio perfeito; então, tudo tem um oposto.
-Bruxos acreditam que para toda ação há uma reação (a Lei Tríplice).
-Bruxos acreditam na Unidade do ser; todos estão conectados um ao outro, através da da Grande Teia da Vida.
-Nunca minta a você mesmo, esse é ultimo ato de decepção.
-Bruxos veem a energia criada pela adoração e trabalhos rituais como um fluxo circular de energia positiva.
-Bruxos nunca deveriam fechar sua mente para o conhecimento.
-Nunca pratique um sistem mágico que você não entende completamente
- Um Bruxo usa o Círculo Mágico como uma representação física e não-física de um Templo na Terra.
-Bruxos usam as energias ao seu redor para ajudar a elevar o poder.
- Bruxos usam bom senso e não compartilham os seus mistérios com aqueles que não tenham compromisso mágico.
 "Nunca se esqueça de que a Wicca é uma Religião na qual o amor incondicional à Natureza e suas manifestações encontra-se presente e, por isso, respeitar o próximo e a vida é regra básica na vida de um Bom Bruxo:
- Venere, honre e cure a Terra
- Não roube de humano, animal, ou espírito; se você passa por necessidades, volte-se à sua comunidade.
- Ofereça amizade e hospitalidade a estranhos que visitam você.
- Nunca se una a alguém que você não ama.
- Honre as relações e compromissos firmados com outros, e não se una a alguém para causar danos a terceiros.
- Crie suas crianças com carinho e generosidade, não lhes deixando faltar alimento e roupas. Dê-lhes amor e afeto e ensine-lhes a obter força e sabedoria.
- Seja honesto em todas as suas transações pessoais e mantenha sempre a palavra em relação ao que foi combinado.
Ser Bruxo significa fazer parte de uma comunidade física e espiritual. Por isso, honrar a comunidade da qual fazemos parte é uma das propostas pagãs:
- Não faça nada que arrisque a Arte.
- Nunca minta a qualquer Wiccaniano
- Nunca use suas habilidades de magia por espetáculo, orgulho ou vanglória.
- Nunca use seu poder mágico pessoal para propósitos negativos ou ataques. Se alguém o ataca, você pode se defender pedindo à Deusa justiça.
- Saiba que pensamentos são energias criadas e o que você cria em pensamento pode e geralmente irá se manifestar na realidade.
- O poder de um Bruxo cresce em relação direta com o seu nível de sabedoria
- Contanto que você esteja agindo conforme um sistema de convicção positiva, não se preocupe  com que os outros pensam ou dizem sobre você.
-Danos, acidentes, carências, dificuldades são frequentemente manifestações de baixa autoestima ou programação mental negativa.
- O uso da Magia deveria ser visto como algo sagrado.
- Bruxos podem ensinar outros sobre a Arte, se o lugar for seguro, o professor educado, o estudante estiver disposto e a informação estiver publicamente disponível ou não for secreta para a Tradição a qual ele ou ela pertencem.
- Nunca faça qualquer coisa que desagrade a Deus e a Arte.
Os treze princípios da Bruxaria
1 - Nós praticamos ritos para nos alinharmos ao ritmo natural das forças vitais, marcadas pelas fases da Lua e aos feriados sazonais.
2 - Nós reconhecemos que nossa inteligência nos dá uma responsabilidade única em relação a nosso meio ambiente. Buscamos viver em harmonia com a natureza, em equilíbrio ecológico, oferecendo completa satisfação à vida e à consciência, dentro de um conceito evolucionário.
3 - Nós damos crédito a uma profundidade de poder muito maior que é aparente a uma pessoa normal. Por ser tão maior que o ordinário, é as vezes chamado de "sobrenatural", mas nós o vemos como algo naturalmente potencial a todos.
4 - Nós vemos o Poder Criativo do Universo como algo que se manifesta através da Polaridade - como masculino e feminino - e que ao mesmo tempo vive dentro de todos nós, funcionando através da interação das mesmas polaridades masculina e feminina. Não valorizamos um acima do outro, sabendo serem complementares. Valorizamos a sexualidade como prazer, como o símbolo e incorporação da Vida, e como uma das fontes de energias usadas em práticas mágicas e ritos religiosos.
5 - Nós reconhecemos ambos os mundos, exterior e interior, ou mundos psicológicos - às vezes conhecidos como Mundo dos Espíritos, Incosciente Coletivo, Planos Interiores, etc. - e vemos nainteração de tais dimensões a base de fenômenos paranormais e exercício mágico. Não negligenciamos quaisquer das dimensões, vendo ambas como necessárias para nossa realização.
6 - Nós não reconhecemos nenhuma hierarquia autoritária, mas honramos aqueles que ensinam, respeitamos os que dividem maior conhecimento e sabedoria, e admiramos os que corajosamente deram de si em liderança.
7 - Nós vemos religião, Magia, e sabedoria como sendo unidas na maneira em que se vê o mundo e vive nele - uma visão de mundo e filosofia de vida, que indentificamos como Bruxaria ou Caminho Wiccaniano.
8 - Chamar-se "Bruxo" não faz um Bruxo - assim como a hereditariedade ou a coleção de títulos, graus e iniciações. Um Bruxo busca controlar as forças interiores, que tornam a vida possível, de modo a viver sabiamente e bem, sem danos a outros e em harmonia com a Natureza.
9 - Nós reconhecemos que é a afirmação e satisfação da vida, em uma continuação de evolução e desenvolvimento da consciência, que dá significado ao Universo que conhecemos e ao nosso papel pessoal dentro do mesmo.
10 - Nossa única animosidade acerca da Cristandade, ou de qualquer outra religião ou filosofia, dá-se pelo fato de suas instituições terem chamado ser " o único verdadeiro e correto caminho" e lutado para negar liberdade a outros e reprimido diferentes modos de prática religiosa e crenças.
11 - Como Bruxos Americanos, não nos sentimos ameaçados por debates a respeito da História da Arte, das origens de vários termos, da legitimidade de vários aspectos de diferentes Tradições. Somos preocupados com nosso presente e com nosso futuro.
12 - Nós não aceitamos o conceito de "mal absoluto", nem adoramos qualquer entidade conhecida como "Satã" ou "Demônio", como definido pela Tradição Cristã. Não buscamos poder através do sofrimento de outros, nem aceitamos o conceito de que beneficios pessoais só possam ser alcançados através da negação de outros.
13 - Trabalhamos dentro da Natureza para aquilo que é positivo para nossa saúde e bem-estar."
Os Ritos de Passagem são associados geralmente ao Nascimento, à Transcendência, e à Morte.
Existem dois ritos na Wicca, um se chama "Handfasting (Junção das mãos)" e o outro é "Handparting (Separação das mãos)". O primeiro é o casamento Pagão, e o segundo é um rito de separação, quando o casal decide separar e desfazem sua união perante os Deuses.
O Deus Cornífero, senhor dos sete galhos sagrados, esteve em contato com os humanos principalmente no período neolítico e paleolítico, quando os homens se alimentavam principalmente de caça.
O Homem Verde nos traz alegria, felicidade. "Está associado aos excessos e ao extase provocado pelo vinho, tão sagrado para as culturas primitivas."
O Ancião, que é outra face do Deus, abençoa-nos com o cajado, tocando-nos em nosso chacra do terceiro olho.


domingo, 15 de março de 2015

Jiu Jitsu

Sou um guerreiro
Nunca fujo do perigo
Defendo minha honra e o meu brasão
O chão é o oceano onde sou um tubarão
Tenho caráter e amigos
A lealdade nos mantém unidos
Força, garra e disciplina
Respeito e determinação
É o lema desse valente coração

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Roberto e os políticos

Roberto sempre foi um homem comprometido com a justiça, com a retidão, com os ideais da boa convivência, da decência e da paz. Apesar de nem sempre a paz conseguir reinar à sua volta.

Nesse dia, Roberto teria que fotografar uma conferência de políticos em sua cidade. Juntou seus apetrechos de fotógrafo e partiu rumo ao trabalho, desejando-se sorte para aquela batalha que estava por vir.

Estavam reunidos prefeitos e vereadores da região, e engravatadamente quase todos discursaram e se exibiram. Todos sabiam que havia se instaurado uma crise na região. O trânsito estava caótico, o sistema de transporte público era de péssima qualidade e caro para a população. Haviam poucos horários, o que desanimava a população e incentivava muitos a comprar um carro. Era um complô com amigos donos de postos de gasolina e gente interessada em roubar muito dinheiro em pequenas obras, que praticamente não resolviam os inúmeros problemas. E aquela cena parecia à Roberto uma piada de muito mal gosto.

Alguns políticos exaltavam sua gestão, falando do quão capacitados eram para o cargo. Outros diziam revolucionar a cidade com seus projetos, tinha gente que até utilizava seu tempo pra falar bem do seu partido de direita, que não era mistério, possuía o maior número de canalhas da política brasileira.

Aquilo tudo foi irritando Roberto que sabia que as coisas não eram nem dez por cento daquilo. Ele sabia o quanto estavam distantes os movimentos sociais populares, que reivindicavam melhor qualidade de vida para a massa da população, desse pessoal endinheirado com verba pública, os dois grupos eram como inimigos. Roberto tinha a consciência da vergonha que era aquela reunião na atual conjuntura.

A gota d´água veio quando nosso fotógrafo, já puto, pediu para tirar foto de um coxinha. O político mal acostumado avisou que só posaria em fotos para as melhores mídias da cidade, desprezando nosso amigo. Foi aí em que em um só golpe Roberto arrancou sua cinta das calças e já acertou uma lapada naquele safado, houve uma segunda e uma terceira cintada, depois o ladrão saiu correndo e houve uma perseguição pelo teatro, com as pessoas horrorizadas vendo a cena do político corrupto tomando cintadas do cidadão comum, mas no fundo todos sentindo uma sensação pertubadora, para alguns, mas verdadeira, de justiça sendo realizada.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Polução Noturna


Gerson, André e Rafael eram grandes amigos e dividiam casa durante os anos de faculdade. Se conheceram no início da faculdade e logo firmaram parceria. Durante três anos moraram juntos e viveram algumas aventuras, dentre elas esta.
Viajaram à Rondônia onde passaram alguns dias com uma tribo indígena, tribo que conheceram através do filho do cacique, que estudava com eles. Na tribo puderem ter uma vivência incrível, pescar e caçar com os indígenas e participar de rituais religiosos como o da Ayuasca. Aprenderam a fabricar utensílios com palha, fabricar arco-e-flecha, se orientar pelo sol, fabricar canoas e jangadas, assim como outras importantes técnicas de sobrevivência. Foi um aprendizado mais que terreno,
foi espiritual.
Gerson e Rafael comentavam sobre as mulheres do norte e até mesmo sobre a indias, André sorria e mudava de assunto, sempre mantendo o foco na espiritualidade. Dizia que se o sexo for tratado de forma banalizada, seria mais prejudicial que benéfico para o ser humano. Sodoma e Gomorra são testemunhas. Temos que resistir contra a Babilônia e os babiloucos.
Voltando de viagem eles tiveram que encarar quilômetros de estrada de terra, pedindo e pegando carona em um lugar longínquo, onde o "filho chora e a mãe não escuta". Quando chegaram em certo ponto da viagem, pegaram um ônibus, como aqueles que ainda se vê na Bolívia, que não possuem banheiro. André não se masturbava por motivos espirituais pessoais. Ele havia explicado para os amigos o porque que nos últimos meses tinha se afastado das mulheres: estava praticando a
castidade para elevação do espírito, para uma melhor energização, para manter o foco em seus estudos e meditações espirituais, o que vinha ocorrendo com total sucesso. Voltando ao ônibus, nossos três mosqueteiros da Amazônia iam dormindo pela madrugada a fora, enquanto aquela engenhoca ia rodando estrada a dentro, de repente André passou a ter sonhos eróticos, desses que a gente não escolhe ter e que revela nossos desejos mais carnais e proibidos, e não podendo
resistir, deu-se início à sua polução noturna, que é a ejaculação espontânea durante o sono, algo natural que ocorre quando não se esvazia nunca o escroto. O próprio corpo decide fazê-lo mesmo contra a vontade do consciente.
André acordando assustado e já ejaculando nas calças, pensou em correr para o banheiro, que nesse caso não existia. Teve a ideia brilhante de ejacular pela janela do ônibus, porém Gerson dormia o sono dos anjos ao lado dela e seria realmente desagradável acordar com respingos de sêmen no rosto, por mais que estivesse calor naquele dia. Rafael dormia no banco de trás do Gerson com sua boca escancarada. E numa atitude desesperada resolveu ejacular no chão do ônibus mesmo, no corredor, onde e do jeito que dava. Arrancou seu pênis para fora e deixou sair o fluído que tanto almejava a liberdade. Gozou. Quando se aliviou, olhou para frente e para sua surpresa havia uma garotinha de uns 10 anos no máximo assistindo aquele espetáculo. E o que fazer?! Já havia acontecido. André recolheu seu órgão genitor e suavemente se pôs a dormir, com sua mente e aura imaculadas.

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Angelologia – o conhecimento dos anjos (Resenha crítica)

Danielle Trussoni criou um romance, onde os personagens da trama são angelólogos ou estudantes de angelologia. A angelologia é o estudo dos anjos, uma ramificação da teologia, que estuda esses seres extraterrestres, como se comportam, sua hierarquia, sua história na Terra, sua formação física, etc.
A autora descreve o ambiente do convento de Santa Rosa, nos EUA, e Universidade de Angelologia que a Igreja Católica mantém em Paris, na França, os professores, a história que a angelologia teve dentro da Igreja Católica, entre outros fatos e relatos históricos de expedições.
A mescla de romance e de fatos reais e históricos é algo que contagia o leitor interessado em angelologia, ocultismo e teorias da conspiração.
Os anjos rebeldes, depois de serem expulsos do convívio com o criador, vieram viver no planeta Terra, e depois de observarem “as filhas dos homens” se sentiram atraídos por elas e tiveram filhos com elas. Dessa união, surgiram os Nefilins, que são meio humanos, meio anjos. O criador se indignou com esse feito e mandou o Dilúvio para que esses seres fossem destruídos. O que não ocorreu graças à um Nefilin que se infiltrou na arca.
O criador prendeu esses anjos rebeldes no fundo de uma gruta num lugar longínquo para que ali eles esperassem o julgamento final. O anjo Miguel teve pena do sofrimento e dos gritos de lamentação desses anjos presos, também chamados de Vigias. E para amenizar esse sofrimento ele entregou a eles uma lira celestial, para que tocassem, cantassem e diminuíssem sua condição de sofrimento. Não foi uma boa ideia. Pois a Lira era poderosa e podia ser utilizada para o mal.
Houve tentativas de buscar essa Lira das mãos dos Vigias. E uma delas foi a expedição do Padre Clematis, também angelólogo, que lutou com um anjo Vigia e morreu, mas não sem antes relatar e deixar por escrito sua aventura.
A angelologia se baseia bastante no apócrifo Livro de Enoque, que dizem ter sido escrito pelo patriarca Enoque que veio depois de Adão e antes de Noé. Ele é citado na bíblia, Livro do Gênesis, escrito por Moisés, como sendo um homem que teve relação estreita com o Criador, viveu como Ermitão por anos sozinho na mata, e foi arrebatado aos céus sem conhecer a morte.
Os Nefilins dominaram e dominam nosso planeta. Por serem meio humanos e meio anjos, e sendo superiores conquistaram todos maiores negócios da Terra: bancos, indústria petroleira, as maiores agências de mídia, etc. Dizem que os nefilins podem ser os próprios Illuminatis.
Os angelólogos da trama são como agentes de um grupo secreto que busca destruir os planos dos Nefilins e enfraquecê-los através de planos estratégicos e até assassinatos.
O romance esta repleto de curiosidades sobre os anjos e sua ligação com a história da Terra, cita muitos estudos feitos pela Igreja Católica, e numa combinação de verdades e ficção, torna a leitura suave e agradável.
É possível serem os “Extraterrestres” do qual falamos, vemos, serem os anjos bíblicos? Qual a relação entre eles? Qual a verdade por trás de todas estas instituições que só fazem manipular os dados e escrituras sagradas a favor dessa “elite” suspeita?